Na cerimônia de entrega da Via Expressa Baía de Todos os Santos, o prefeito ACM Neto revelou sorridente que o governador Wagner o considera um gestor de “sorte”. Isto porque vive à frente do Thomé de Souza um tempo em que grandes obras urbanas estão sendo entregues ou encaminhadas e, por isto, poderá fazer parte do processo e ser lembrado por ele. Menos festivo, o senador Walter Pinheiro (PT) concordou com o gestor e opinou que o “bilhete da sorte” é até irônico, pois nas eleições de 2008, na qual Neto e o petista foram adversários, boa parte destas obras eram motivo de briga. Agora, com o impacto das intervenções, é possível também colher os frutos políticos.
Pinheiro lembrou que o pleito daquela época, que manteve João Henrique (PSL) como prefeito da cidade, sua campanha já debatia obras como a Via Expressa, que mal havia saído do papel. Ele listou também a avenida 29 de Março e a mudança do local da Rodoviária da capital e também a extensão do metrô. Todas as obras são hoje realidades e serão entregues no período em que Neto é prefeito.
Pinheiro reforçou que apesar de haver uma boa relação entre Neto e Jaques Wagner, os dois não são aliados políticos, mas sim do povo. “Não é questão dele ter ou não se aliado ao governo. Ele deu sorte que entrou em um momento em que estamos entregando as obras a Salvador”, resumiu o senador, que preferiu não entrar em detalhes relativos a uma avaliação sua sobre o desempenho do demista.
Em 2008, Pinheiro e Neto foram adversários no palanque, mas o neto do ex-senador ACM não conseguiu chegar ao 2º turno. Já o hoje senador disputou com João Henrique e acabou perdendo. Um dos pontos de discórdia na época, ele lembra, foi a construção do Hospital do Subúrbio, a qual JH não quis autorizar em ato considerado eleitoral pelo petista. Neto ficou em 3º lugar no pleito.
Publicada no dia 02 de novembro de 2013, às 12h54
