Política

PT e o conflito das alianças

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Principais aliados nacionalmente, PT e PMDB seguirão separados. Lula defende a coalizão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/11/2013, às 07h06   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Aliados nacionalmente, o PT e o PMDB seguirão separados em 11 estados. Apesar disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda defende a coalizão. Já os petistas esquerdistas consideram o modelo atual esgotado. Para eles, fazer as reformas política e agrária se faz necessária, desde que se concretize um rompimento com o PMDB, considerado um partido “capitalista”.

O Processo de Eleição Direta (PED) deve influenciar nesse processo. O principal articulador da recandidatura de Rui Falcão, Lula já o orientou em formar mais alianças regionais. Em seguida, Falcão já se reuniu com os líderes do PMDB, PC do B, PR, PTB, PP, Pros e PDT. Mas os esquerdistas defendem alianças com menos número e mais qualidade, aquelas que sigam o mesmo ideal petista.

Valter Pomar, candidato pela tendência Articulação de Esquerda defende a qualificação das alianças. Para ele é necessário seguir a lógica da governabilidade, mesmo que a mudança possa sacrificar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O candidato da corrente O Trabalho, Markus Sokol, também defende a ideia. Os partidos que mais se alinham ao petismo são o PCdoB e alguns setores do PDT e o PSB. Mas, Serge Goulart, da Esquerda Marxista, reprova o PDT e o PSB, a acredita que o PP, PTB e o PMDB devam fazer parte dessa aliança.

Ainda para os adversários de Falcão, Lula adota uma postura contraditória, ao defender a política de renovação do partido, em discursos públicos, também ao defender a recandidatura de Rui, buscando também e reeleição de Dilma.

O medo dos esquerdistas está na dificuldade que Dilma possa enfrentar no segundo mandato, já que o primeiro mantém um discurso defasado. Desde os anos 90, o PT adotou uma linha de ação que em vez de reformas populares que tivessem como objetivo final o socialismo, a sigla deveria adotar políticas públicas para vencer o neoliberalismo.

Bahia

No estado, a presidente Dilma Rousseff tenta minimizar os atritos regionais com o PMDB. Em entrevistas em rádios regionais, a petista deixou claro que a política nacional se sobrepõe a dos estados. E o que é regional deve ser resolvido regionalmente. Ainda afirmou que as siglas não são homogêneas e que outros partidos fazem parte dessa base.

Enquanto isso, o PMDB já se articula com os partidos da oposição. Em recente conversa entre o pré-candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB) com o presidente do PMDB na Bahia, deputado federal Lucio Vieira Lima, já deixa clara a intenção da aliança. Neves se mostrou bastante interessado em saber mais da política baiana.



 Publicada no dia 02 de novembro de 2013, às 13h10

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