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Uma das grandes criticas que os opositores ao PT em todo o Brasil fazem é o fato de que o partido faz nacionalmente um processo de adiantamento eleitoral lançando candidatos aos eleitores muito antes do que a lei eleitoral indica. Um dos críticos, Geddel Vieira Lima (PMDB), porém, pagou a língua nesta segunda-feira (4) em entrevista ao radialista Mário Kertész e fez exatamente o que critica: lançou-se a governador antes do tempo.Geddel condicionou inclusive a indicação de seu nome pelo bloco oposicionista à data em que o governo anunciar o petista que deverá concorrer a suceder Jaques Wagner. Uma vez que no próximo dia 30 de novembro sair o nome do PT, o presidente do PMDB estadual disse que os opositores farão o mesmo “10 ou 15 dias depois”.
Duas semanas atrás, o ex-governador de SP José Serra esteve em Salvador e criticou o que a oposição baiana – a qual apoia – acaba de fazer. Na ocasião, Serra negou que haja qualquer definição de nomes e coligações antes de março do ano que vem, o que acabou desmentido. Para ele, era preciso cautela na decisão especialmente para não se incorrer no mesmo erro petista.
“Houve uma antecipação muito grande do período eleitoral. A presidente Dilma passou dois anos perplexa com a herança que recebeu do governo anterior, do qual ela participou. E depois passou dois anos fazendo campanha. Cadê o governo? Governar não é só fazer anúncios. Governar é fazer as coisas acontecerem”, criticou. No caso local, os adversários de Wagner criticavam a "luta" entre os quatro petistas e outros nomes da base para a indicação.
De acordo com a Justiça Eleitoral, só é possível se anunciar candidato a partir das convenções partidárias, que têm entre 1 e 30 de junho para acontecer. Qualquer ação anterior a este período pode ser punida com multa e impedimento de candidatura.
Nota originalmente postada às 14h do dia 5
