No início da semana, o vereador
Herique Carballal (PT) sustentou que esteve em Irecê, num ato público promovido pelo deputado Luizinho Sobral, com a missão de convencer o PTN à aderir ao grupo que dá sustentação ao governo Wagner.
Entretanto, o presidente regional da legenda, João Carlos Bacelar, revela que não recebeu nenhum convite formal. “Não houve nada disso. Temos até bons interlocutores na situação, posso citar o presidente Marcelo Nilo e o vice-governador Otto Alencar. Mas, concretamente, não houve nada”.
Nem tanto, nem tão pouco - Bacelar, que hoje é secretário municipal da Educação, teve grande notabilidade quando liderou a oposição na Assembleia Legislativa. Partiu dele, por exemplo, a denúncia de que o governo transferiu, de forma irregular, mais de R$ 10 milhões à uma entidade ligadas ao PT chamada Instituto Brasil. Além disso, sempre foi um ferrenho crítico da articulação política do estado e das despensas de licitações promovidas, especialmente, pela secretaria da Saúde.
Depois de tantos embates e tantas diferenças apontadas, será que João Bacelar vai ceder às benesses do governo Wagner? O dirigente diz que o PTN não mudou de lado, mas admite a possibilidade de diálogo.
“O PTN continua na oposição. Vamos combater sempre os excessos e defender os interesses da Bahia. Mas, é bom frisar que existe uma nova ênfase no Legislativo. Temos três deputados novos, com formações bem diferentes da minha. A política é muito dinâmica, vamos ver o que acontece, de fato. Mas, a verdade é que continuamos na oposição”, finaliza.