A compra de dois ferries pelo Governo da Bahia no valor de R$54,9 milhões, e que teriamvalor de mercado de R$ 36,6 milhões ainda não foi totalmente "digerida" pelos deputados da bancada da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia. O assunto foi um dos temas da reunião dos parlamentares, na manhã desta segunda-feira (25), na Sala das Comissões.
Segundo o deputado Luciano Simões (PMDB), os oposicionistas não desistiram da ideia de colher assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Investigação (CPI), para apurar a gestão da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).
O encontro será realizado na manhã desta terça-feira (26), também na Sala das Comissões.
"Vamos traçar estratégias para ver de que forma a oposição vai se posicionar em relação aos ferries. Queremos investigar a Agerba e esclarecer o que de fato aconteceu. Dependendo do que for decidido amanhã, poderemos bater o martelo e já começar a tomar as providências", garantiu Luciano Simões.
Gaban x Otto
Na prática, a CPI para investigar a compra dos ferries não tem muita chance de vingar. Na última quinta-feira (21), dois dos protagonistas da polêmica, o deputado estadual Carlos Gaban (DEM) e o vice-governador e secretário estadual de Infraestrutura, Otto Alencar, sentaram para "aparar as arestas".
Documentos com o objetivo de comprovar a lisura no processo de aquisição dos equipamentos foram apresentados a Gaban. Não satisfeito, o deputado solicitou outro que demonstrem a legalidade do processo licitatório e as razões que levaram apenas uma empresa a concorrer.
Segundo Gaban, se os documentos que apresentados não comprovarem a legalidade, a tentativa de viabilizar a CPI pode novamente ganhar força.
Publicada no dia 25 de novembro de 2013, às 16h41
