O ex-presidente do PR, Valdemar Costa Neto, também abriu mão de seu mandato de deputado federal e renunciou ao cargo no final da tarde desta quinta-feira (5). A atitude foi tomada horas depois do Supremo Tribunal Federal decretar a prisão de Costa Neto, condenado a 7 anos e 10 meses de prisão por envolvimento com o mensalão.
Assim como José Genoíno, Costa Neto também renunciou para impedir a cassação de seu mandato, o que já estava em discussão na Câmara. Segundo ele, em sua carta de renúncia, o faria para poupar o parlamento de mais um constrangimento público. Entretanto, disse ter sido condenado por crimes que não cometeu.
“Certo que pagarei pelas faltas que já reconheci, reitero que fui condenado por crimes que não cometi. Serenamente, passo a cumprir uma sentença de culpa, flagrantemente destituída do sagrado direito ao duplo grau de jurisdição”, escreveu o agora ex-deputado. Sua carta será lida em plenário pelo parlamentar Luciano Castro.
Valdemar Costa Neto ainda não recebeu notificação sobre seu mandado de prisão. Além dele, também receberam ordem de cadeia os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Bispo Rodrigues (ex-PL atual PR-RJ), e o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane.