A expectativa dos servidores municipais era de que o tão esperado plano de saúde fosse, enfim, aprovado pelos vereadores da Câmara Municipal de Salvador. O projeto estava na pauta de votações de ontem, mas não foi votado. Nesta terça-feira (17), o debate sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2014 também adia a apreciação da assistência à saúde dos trabalhadores.
Enquanto os vereadores da bancada governista querem a aprovação de imediato, os oposicionistas defendem um maior debate e uma maior participação popular na elaboração do orçamento do ano que vem.
Diante do impasse, a minoria propôs uma inversão na pauta e a ordem de votação seja alterada para que o plano de saúde dos servidores seja votado. O pedido feito pela oposição foi prontamente rejeitado pelos governistas.
O projeto da LOA 2014 chegou à Câmara Municipal de Salvador no final do mês de setembro e prevê um incremento de 56% em relação ao ano de 2013. A expectativa do Poder Executivo é de que 2,3 bilhões a mais entrem nos cofres municipais no ano que vem.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) voltou a defender um maior debate sobre o projeto “para que as comunidades pudessem disputar esses recursos e que eles sejam investidos, estrategicamente, nas áreas mais carentes do município”.
Impedidos de entrar, diretores de diversos sindicatos estiveram duplamente irritados. Primeiro, pelo impedimento em participar da sessão na “Casa do Povo”, e porque eles consideram que os governistas querem votar a LOA de “qualquer jeito”.
O líder da bancada do Governo, Joceval Rodrigues, rebateu com ironia o pedido de mais discussões sobre o projeto. “Todo debate é bom, é salutar. Mas depois de sete audiências públicas... de qualquer forma, vamos debater”.
“Oposição quer governar”
Para o presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Casa Legislativa, Claudio Tinoco (DEM), o projeto está correto, tem grandes avanços e foi amplamente debatido nas audiências públicas em diversos bairros de Salvador.
“A extensão do debate agora é simplesmente porque os vereadores querem interferir nas decisões e prioridades da prefeitura. Querem governar. Nem na Câmara Federal as emendas têm garantia de execução, mas em Salvador vai ter. O aumento do orçamento vai dotar as funções e subfunções, no mínimo, em 100% de aumento no ano que vem. Por conta disso, não tenho dúvidas que a LOA será votada e aprovada”, concluiu Tinoco.
*As informações são do repórter Lucas Esteves
Nota originalmente postada às 17h do dia 17
