Política

Contra “titã” Otto, Eliana Calmon confia na utopia

Imagem Contra “titã” Otto, Eliana Calmon confia na utopia
Vice-governador é franco favorito na disputa ao Senado, mas magistrada mantém esperança  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/12/2013, às 09h40   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Eliana Calmon é a mais nova filiada ao PSB da Bahia, o que fez exclusivamente para disputar o Senado nas eleições do ano que vem. Entretanto, apesar de ter potencial e discurso para fazer um bom trabalho no mais alto parlamento nacional, as chances diminuem dramaticamente diante do tamanho de seu principal adversário no pleito: Otto Alencar.
Político de maior prestígio entre todo o séquito atual do governador Jaques Wagner – e mais até do que o próprio -, o secretário estadual de Infraestrutura é o franco favorito para a disputa ao cargo. Respeitado por aliados e adversários e dono de uma base de votos que provavelmente o elegeria governador no 1º turno, Otto tem poucos obstáculos para conquistar seu objetivo. Mas a ministra do Superior Tribunal de Justiça diz não se importar com a força do “titã”.
Ao ser questionada por jornalistas em coletiva de imprensa sobre o tamanho do desafio, Eliana Calmon, ainda inexperiente no jogo político-eleitoral, foi de franqueza notável. A magistrada deixou claro que acredita nas utopias e que a confrontação de projetos é o que moverá sua campanha ano que vem, assim como a do partido como um todo.
“A estratégia é exatamente a do novo. Nós não podemos fazer outra coisa. Não temos como enfrentar o poder econômico, currais, de forma que a nossa maneira de fazer políticas é a de projetos, propostas, valores e princípios. E vamos ver como o povo baiano vai responder a esta nova forma de fazer política. Eu acredito que vá responder bem, mas só mesmo depois das eleições nós vamos saber”, explicou.
Mais cedo, Eliana havia discursado em palanque confirmando que era uma “neófita” na vida política, provocação feita pelo secretário estadual da Casa Civil da Bahia, Rui Costa, candidato ao governo do PT. A falta de experiência, porém, foi considerada por ela como uma vantagem, uma vez que não desejava aprender a “política do dinheiro, a política do curral e do grotão”. O dinheiro, além disto, foi fonte de comentários da ministra.
Ciente do modelo de financiamento de campanha, Eliana Calmou assentiu à possibilidade de ter sua candidatura bancada por empresas privadas. Entretanto, foi comedida ao imaginar de onde viria o dinheiro, preferindo falar apenas das questões legais relativas ao assunto. “Vai ser o financiamento que for possível segundo a lei. Existe a possibilidade de financiamento por empresas e por pessoas físicas. Isto inclusive está sendo debatido atualmente no Supremo Tribunal Federal.“

Postada às 16h do dia 19 de dezembro

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