Na manhã desta segunda-feira (21), a cidade ficou em polvorosa com a notícia de que a
Justiça havia bloqueado os R$ 15,4 milhões captados pela prefeitura de Salvador com a venda das cotas de patrocínio do carnaval. O temor geral era de que, sem as verbas, o município fosse impedido de manter os serviços e a infraestrutura da maior festa popular do planeta.
Entretanto, em conversa com o
Bocão News, o presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinoco, tratou de explicar a situação e acalmar foliões e empresários que contam os minutos para o início do carnaval.
“Fomos notificados de um processo de 1993 sobre dívidas da antiga Emtursa, que já teve trânsito em julgado. A justiça determinou o bloqueio de R$ 2,3 milhões. Mas, a decisão acaba sendo inócua, uma vez que as receitas captadas não são próprias da Saltur, mas, sim, do município. Só para você ter uma ideia, Itaú e Schin já pagaram 40% desde o ano passado. Não posso deixar de citar a Petrobras. Neste caso, parte dos recursos é usada para fomento das bandas de percussão, fanfarras e para os blocos afros”, esclarece Tinoco.
Ele admite que a empresa tem outras dívidas desta natureza, mas revela qual a estratégia da administração municipal para resolver as pendências com a Justiça. “Existem outros processos trabalhistas, principalmente da década de 1990, quando houve muitas mudanças na economia. Creio que tudo gire em torno de R$ 5,5 milhões. A Saltur não tem receita própria para liquidá-los. Por isso, vamos propor a criação de um fundo para que o dinheiro seja reservado e a dívida seja amortizada em parcelas. Esse mecanismo deu certo com a Limpurb e com o Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (DERBA)”.
Apesar da polêmica, o presidente Cláudio Tinoco garante que a folia está de pé. “Continuamos nesta linha. Essa é a última semana de preparativos. Estamos numa correia total, mas o planejamento tem sido executado. Se depender da prefeitura, o carnaval não será comprometido”.
