O ex-governador Paulo Souto (DEM), pré-candidato ao Governo do Estado este ano, afirmou que não se surpreendeu ao ler as notícias de que a gestão Wagner pretende terceirizar a operação do Centro de Convenções da Bahia. Questionado pelo Bocão News sobre o fato, o demista afirmou que, ao saber das novidades, na verdade se sentiu como se lesse um jornal de oito anos atrás.
“Não sei a data correta, mas é como se eu estivesse lendo um jornal daquela época, no início da gestão”, revelou Souto. Segundo ele, a suposta entrega do espaço à gestão privada era um fato ventilado pelo governo Wagner pouco depois do governo ter sido assumido pelos petistas. Na época, a possibilidade foi alaerdeada como de grande potencial para a economia estadual.
“Naquela época, eles diziam que anunciariam o edital, garantiram que isto iria melhorar o espaço, e quem usasse iria pagar uma quantia mensal para o Governo do Estado. Isto é apenas um assunto requentado”, comentou. Ele negou ser contra o processo de terceirização desde que os termos para a operação sejam tornados públicos e, consequentemente, comprovados como benéficos para o público.
Ao mesmo tempo em que a promessa de terceirização não foi em frente e se revelou apenas factoide, o ex-governador argumenta que o governo Wagner preferiu em tregar o Centro de Convenções à deterioração. Ele lembrou dos recentes problemas que congressos tiveram com a estrutura do local e reiterou que a falta de investimentos na reforma do centro está afastando entidades que têm interesses em trazer eventos para a capital baiana. “Neste momento, o melhor seria fazer a reforma”.
Paulo Souto comemorou o fato de que o governo, ao longo de oito anos de gestão, aprendeu com os exemplos de governos anteriores. Desta maneira, conseguiu aprender o valor de contar com a iniciativa privada dentro do governo e superou o “preconceito” que expunha ao reclamar ininterruptamente de tais empreitadas. Na época, o governo Souto celebrava os primeiros convênios com cooperativas e empresas para auxiliar na administração de alguns serviços públicos. A oposição da época, por sua vez, acusava o Estado de entregar os bens públicos.
Publicada no dia 23 de janeiro de 2014, às 16h29
