A última mensagem de abertura dos trabalhos legislativos de Jaques Wagner como governo do estado da Bahia, realizado na tarde desta segunda-feira (3), foi considerado fraco por diversas autoridades presentes no Palácio Luís Eduardo Magalhães.
Não apenas o discurso do petista, mas a solenidade como um todo pode ser vista como menos prestigiada. O plenário tinha diversos espaços vazios, algo que não foi visto em nenhuma das sete vezes anteriores.
Ao subir no púlpito, Wagner falou sobre a diferentes sensações de abrir os trabalhos pela primeira vez, em 2007, e desta última. Ressaltou as marcas já deixadas na administração estadual, iniciada pela própria relação entre os poderes que constituem o Estado e a sociedade civil.
Como em outras ocasiões, o petista ressaltou o republicanismo que caracteriza, segundo o próprio, sua gestão à frente do governo baiano. “Abraçamos a decisão de que queríamos normalizar as relações entre poderes, o contato com a sociedade civil e confesso que me orgulho das aposta que fizemos nesta mudança de postura”.
Ainda na início da mensagem, Wagner, que improvisou a maior parte do discurso, brincou com uma situação. “Tem uma coincidência interessante nestes anos todos. Em todas as oito vezes que abri os trabalhos o presidente da Casa foi Marcelo Nilo”.
O restante do discurso se embasou nos indicadores sociais obtidos durante a administração petista e os investimentos realizados neste período. “Ainda tenho 11 meses de governo. O que mais me orgulho nesta caminhada é de ter sido governador deste estado que me acolheu há 40 anos”.
Seca
O primeiro tema específico tratado por Wagner foi relacionado às ações para combater os prejuízos da Seca. “Intervenções firmes e consistentes deste governo foram exigidas par aminorar e reverter os seus gravames. De 2007 a 2013, o Governo do Estado mobilizou-se para aumentar a oferta híbrida para a produção e o consumo, beneficiando mais de três milhões de baianos com água de qualidade e outros 1,7 milhão com saneamento básico”.
Saúde
O petista destacou os investimentos na construção de hospitais na capital. “ com destaque para o Hospital do Subúrbio, enquanto no interior ampliamos os recursos aplicados na atenção básica, com a montagem da rede de atenção básica, Unidades de Pronto Atendimento – UPA e Hospitais Públicos de Pequeno Porte – HPP,. Assim como a expansão de serviços como o SAMU 192 para todas as regiões da Bahia. Adotamos, ademais, políticas inovadoras como Medicamento em Casa, e fortalecemos a rede de farmácias populares”.
No relatório entregue pela assessoria do governador constam alguns números da gestão petista. Na Saúde, conforme publicado, entre as principais intervenções , nos últimos sete anos, destaca-se a construção de novas unidades hospitalares, sendo exemplos o Hospital do Subúrbio em Salvador, o Hospital da Criança em Feira de Santana e os hospitais de Barreiras, Irecê e Santo Antônio de Jesus. Em sete anos foram investidos 21,3 bilhões de reais.
Educação
O governador, novamente, defendeu os números do Topa. De acordo com ele, 1.1 milhão de pessoas foram alfabetizadas a partir de 2007 pelo programa. “Resta ainda muito a fazer. Quando chegamos ao governo, a Bahia tinha 2.5 milhões de analfabetos”.
Parte dos investimentos (em educação) buscou estimular o ingresso de estudantes da rede pública no ensino superior. Assim, foram investidos R$ 14 milhões na oferta de cursos preparatórios para o vestibular e para o Enem. O orçamento das quatro universidades estaduais passou de R$ 460,7 milhões em 2007 para R$ 903,5 milhões em 2013.
Outros setores
Segurança Pública, Esporte e Lazer, Cidadania, Infraestrutura também foram abordados por Wagner na extensa lista de realizações.
Encerramento
Contudo, chamou atenção o fato de o discurso não ter arrancado tantas risadas ou embalado aqueles que se dispuseram a comparecer em mais esta abertura de trabalhos no Legislativo baiano.
Publicada no dia 3 de fevereiro de 2014, às 17h33