Rui Costa rechaça ser 'poste' de Jaques Wagner

Após um engarrafamento quilométrico na Avenida Paralela, sentido centro, o secretário da Casa Civil e pré-candidato ao governo, Rui Costa (PT), chegou às obras do Complexo Viário Imbuí-Narandiba depois de o governador Jaques Wagner ter ido embora. “Olhe lá como está”, aponta Rui para a avenida apinhada de carro para justificar o atraso.


Já há alguns meses, Rui não desgruda do governador Jaques Wagner. Por ossos do ofício e para massificar a sua imagem  de tocador de obras e cumpridor de promessa, já que é sob seu comando que ficam as grandes obras viárias e estruturantes de todo o Estado.


E por conta dessas obras, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) entrou com representação contra ele. Em matéria do A Tarde, uma das imagens usadas era a de Rui e de uma das tantas obras que estão sendo realizadas. Os advogados do petista já apresentaram defesa. “Não acredito que isso vai dar em alguma coisa. Era uma matéria do jornal. Será que vamos voltar à censura. Será que tenho que pedir para ver o que vai ser publicado antes?”, questiona ao Bocão News.


Mas não é só a PRE que tem feito questionamentos. O pré-candidato ao governo pelo DEM, Paulo Souto, também andou alfinetando o petista. O demista questionava o fato de Rui fazer reuniões com aliados no horário em que deveria estar dando expediente na Casa Civil. “Ele vai controlar até a hora que vou tomar café?”. E sobra para o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). "Ele deveria falar também de Neto que anda se encontrando com Geddel e outros da oposição no horário em que deveria estar trabalhando".


Sem óculos – a retirada do acessório parece uma orientação do marketing - e com uma dicção melhor - ele está afzendo sessões com fonoaudiólogo, Rui Costa fez críticas a setores da imprensa que o coloca como desconhecido – um poste do governador Jaques Wagner. “Quem acha isso é porque não procurou saber, não pesquisou para fazer matéria. Fui o terceiro deputado mais bem votado, com 212 mil votos”, afirmou.


Mas dos 212 mil grande parte se deve aos prefeitos, já que o senhor foi secretário de Relações Institucionais e mantinha contato com eles, indaga a reportagem. Rui rebate. “Isso não é verdade. Tive 112 mil votos, o que seria suficiente para me eleger”. Antes de deputado, Costa foi vereador de Salvador.

Publicada no dia 4 de fevereiro de 2014, às 12h19

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