Publicado em 12/02/2014, às 06h24 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)
A derrubada de estabelecimentos comerciais na Avenida Magalhães Neto, conhecida como “Favelinha” causou a ira do deputado estadual Marcelino Galo (PT) na sessão plenária desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). As críticas incomodaram os deputados opositores. Bruno Reis (PMDB) defendeu o prefeito ACM Neto e classificou a região como “cortiço”.
Galo criticou a forma como foi realizada a remoção dos bares e lava-jatos. Para o parlamentar, o gestor municipal quer “limpar a cidade, massacrando e humilhando a população”. “Embelezar a cidade pra quem? Embelezar a cidade para os ricos massacrando os pobres. Estamos vivendo tempos difíceis na cidade, o rapa age com violência na Ribeira, agredindo os pobres, os cordelistas, ambulantes e da mesma forma o faz na Favelinha. Isso não é democracia”, acrescentou o petista.
O líder do governo, Zé Neto, também se posicionou sobre o fato e defendeu o diálogo com a comunidade. "Ordenamento urbano é uma coisa, mas sem ter o bom senso de incluir as pessoas demonstra que essa história de modernizar é perfumaria e continua a mesma coisa do passado. Estão colocando as manguinhas de fora". Na defesa de Neto, Reis afirmou que o PT defende minorias e era necessária a remoção dos estabelecimentos. “O prefeito é ovacionado pela população. A favelinha era um cortiço. O prefeito teve coragem de demolir”.
Ao Bocão News, o líder do Democratas, Carlos Gaban, defendeu a demolição O democrata classificou o depoimento do petista “incoerente com a realidade dos fatos”. Para o democrata não houve agressão aos comerciantes que ocupavam a área indevidamente há anos e acrescentou que é necessário prejudicar uns para beneficiar a maioria.
“Ali será construída uma praça pública e que irá beneficiar a maioria. Temos que deixar claro que ali são era um comércio, não foi retirada famílias como está sendo dito. A preocupação de um gestor é reorganizar a cidade e isso o prefeito está fazendo”, completa.
O prefeito prometeu acolher os comerciantes em outro local da cidade, mas ainda não informou a localidade. Ainda assim, Gaban defendeu o posicionamento do prefeito e comparou com a situação da retirada dos ambulantes da passarela do Iguatemi. “Ali era um local que tinha muitos roubos, muitos incidentes. O prefeito tirou dali e prometeuum local adequado e assim o fez”.
Votação
O bate-boca dos parlamentares antecede a votação do pedido de prioridade à polêmica Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que antecipa os royalties do petróleo para cobrir o rombo da previdência. O líder do governo, Zé Neto (PT), garantiu que apenas essa matéria está na pauta desta terça. "A proposta vai diminuir o tempo de tramitação da PEC na Casa". A expectativa é que a peça seja votada, em primeiro turno, no próximo dia 20.
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Publicada no dia 11 de fevereiro de 2014, às 18h30
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