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“Foi apenas uma metáfora”, minimiza Aleluia sobre declarações de Mauro Ricardo

Imagem “Foi apenas uma metáfora”, minimiza Aleluia sobre declarações de Mauro Ricardo
Secretário criticou posicionamento da OAB comparando-a com partidos políticos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/02/2014, às 10h22   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Enquanto os partidos da oposição e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criticaram duramente o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, após as declarações lamentando não mais colocar “as pessoas no Pelourinho para poder pagar as suas dívidas”, correligionários saem em sua defesa. O secretário de Urbanismo e Transporte de Salvador, José Carlos Aleluia, minimizou o depoimento afirmando que “foi apenas uma metáfora”.

Ao Bocão News, Aleluia ainda criticou a posição da OAB. Para ele é lamentável a organização se comportar como um partido político. “A oposição está fazendo o papel dela, eles existem para isso. O que é estranho é a OAB fazer papel de partido”, criticou.

O secretário ainda acredita que as polêmicas não devem afetar o bom momento do prefeito ACM Neto. “Ele está fazendo um bom trabalho. Quem não quer o IPTU é quem não quer fazer justiça social. E agora eles [partidos políticos] vêm falando de justiça social?, questiona.

OAB

A seccional baiana da OAB tem se posicionado, recentemente, sobre o IPTU e neste sábado divulgou nota repudiando as declarações de Mauro Ricardo. A Comissão de Direitos Humanos e de Promoção da Igualdade Social da entidade considerou “infame” o posicionamento do secretário, em entrevista ao programa Se Liga Bocão.

Segundo a nota da OAB, a declaração “trouxe ao povo de Salvador - formado em sua maioria por afrodescendentes - a vergonhosa memória de violência, arbítrio e crime da escravidão”. A OAB da Bahia considera intolerável que - na cidade mais negra fora do continente africano - um gestor municipal lamente a abolição do pelourinho, poste colocado em praça pública onde se expunham e se castigavam os escravos insubmissos aos desmandos dos seus senhores, num espetáculo hediondo, planejado para incutir medo nos corações dos que pensassem em se rebelar.

Leia a nota na íntegra


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