"Não sou modelo de passarela, minha vida não é novela", "estuprador não pode tá na certidão", são algumas músicas entoadas pela Batucada Feminista, banda do comitê estadual da Marcha Mundial, que abriu a Caminhada das Mulheres, no Campo Grande, na tarde desta segunda-feira (17).
Segundo a representante do comitê em Salvador, Liliane Oliveira, a Marcha Mundial está presente em 160 países. No Brasil, elas se colocam contra o Estatuto do Nascituro. Nele há um artigo que manda que a mulher estuprada coloque na certidão do seu filho o nome do seu algoz.
A Marcha Mundial das mulheres se juntou a dezenas de mulheres que reivindicam direitos. A presidente da Força Sindical, Nair Goulart, salientou que o mês de março e de comemoração, mas também de brigar por conquistas. "A mulher ainda ganha 70% dos homens, ela tem de lidar com todo tipo de assedio, tanto sexual quanto moral", frisou.
A senadora Lidice da Mata, pré-candidata ao governo do estado, falou da importância de tornar a Lei Maria da Penha ainda mais eficaz, uma vez que ainda são alarmantes os dados da violência contra a mulher.
Presidente da Articulação Baiana de Travestis, Milena Passos, acredita que a luta deve ser estendida à questão de gênero. "Temos que lutar pela ampliação dos direitos das mulheres as trans e travestis", assinalou.
A caminhada segue em direção a Avenida Sete e vai terminar na Praça da Sé.
Publicada no dia 17 de março de 2014, às 17h56