Política

Usar possível greve da PM em campanha é velha prática eleitoral, diz petista

Gilberto Jr.
Paulo Souto rebate: "Esse tipo de oportunismo eu não tenho"  |   Bnews - Divulgação Gilberto Jr.

Publicado em 15/04/2014, às 09h01   Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)



Além de todos os transtornos que uma greve da Polícia Militar pode ocasionar – como saques, pânico e morte – outro saldo negativo pode recair sobre o governo, ou melhor, sobre o candidato à sucessão, Rui Costa (PT).

O adversário à espreita pode esperar o ‘quanto pior melhor’. E imagens poderão ser usadas no programa eleitoral.  O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, acha que, caso a greve aconteça, Rui não deverá sofrer com as consequências. “Rui não é o negociador. Cabe ao governo do Estado qualquer tentativa de evitar o movimento. Só quem vai usar  isso na campanha é quem é adepto da velha prática eleitoral”, disparou Everaldo.


Se por um lado o dirigente petista pensa assim, por outro, o candidato a oposição, Paulo Souto (DEM), avisa que não é oportunista para usar a greve como arma para sua campanha. “De forma nenhuma eu tomaria isso como qualquer benefício contra o governo. Este tipo de oportunismo eu não tenho”.


Greves

Nos últimos dois anos, o governo Wagner enfrentou grandes greves. A primeira foi a dos professores. Em 2012 foram 115 dias de escolas fechadas, alunos sem aula. No mesmo ano, o governo enfrentou outra greve da Polícia Militar. Doze dias de saques em lojas, supermercados, arratões e um aumento de 156% no número de homicídios, com 177 mortes em Salvador e Região Metropolitana.

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