Política
Publicado em 10/05/2014, às 06h37 Cintia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)
Depois do imbróglio na Justiça, a prefeitura de Dias D´Ávila fez hoje pela manhã a primeira etapa da licitação pública para a contratação da empresa que fará a limpeza da cidade durante um ano. O resultado deve ser divulgado no dia 15. Apenas duas empresas participaram: Ewa Engenharia Ambiental Ltda. e Ecolub Engenharia, Conservação e Limpeza Ltda. A CGE Engenharia, que entrou com mandado de segurança com pedido de liminar para suspender o processo, não participou.
Segundo o presidente da Comissão Permanente de Licitação, Matheus Souza, as duas empresas apresentaram o plano de trabalho e habilitação. Matheus explicou ao Bocão News que o edital foi corrigido após a empresa pedir impugnação. Uma das exigências, segundo ele, foi a de capital social.
Atualmente, a prefeita Jussara Márcia (PT) vive às turras com a empresa que faz a limpeza na cidade, a Controle Ambiental. Em rápida conversa com os agentes de limpeza, que cruzaram os braços nesta sexta-feira porque estão sem receber salário há dois meses, Jussara jogou responsabilidade para Controle. Segundo ela, a empresa devia dispor de capital mínimo para poder fazer o pagamento quando houvesse algum previsto.
O contrato com a Controle expirou. Um aditivo emergencial foi feito por 45 dias, mas há reclamação de lado a lado. Jussara diz que empresa não tem feito o trabalho corretamente. Diz que faz a fiscalização pessoalmente. A Controle, por sua vez, reclama que ela quer que a limpeza seja feita por 300 pessoas, mas paga apenas o valor referente a 105. “Colocamos 60 trabalhadores a mais e ainda assim ela reclama”, assinalou.
Enquanto os funcionários diziam que estavam sem receber, a petista passava a bola para a empresa terceirizada. “Já pagamos. Vou saber o porquê eles não repassaram o salário para vocês”, disse para uma plateia raivosa. Uma das agentes, aos gritos, mandou. “Quando vocês querem sabem ir atrás da gente para pedir voto”. Outros pediam a prefeita a garantia de continuar no trabalho, caso outra empresa ganhe a licitação – o que certamente vai acontecer uma vez que a Controle não participou do processo licitatória.
Os agentes de limpeza, cerca de 150, temem não receber os valores rescisórios já que vão ser desligados da Controle. Em conversa com o Bocão, o gerente de Operações da empresa, Maurício Stadnik, também teme que a prefeitura não pague valor referente ao aditivo. “Passamos dois meses pagando do nosso bolso porque a prefeitura atrasou".
Enquanto prefeitura e a Controle bigam de um lado, na outra ponta tem pais e mães de família passando dificuldades. Nos relatos colhidos pelo Bocão, há quem esteja sem conseguir prover o lar.
Leia também: Garias de Dias d´Ávila dizem estar sem salário há dois meses
Publicada no dia 9 de maio de 2014, às 13h16
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