Política

Aladilce diz que agressão a Alice constata violência contra a mulher

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Atitude do secretário da mesa diretora é a constatação da relação desigual entre homens e mulheres  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/05/2014, às 06h51   Juliana Nobre (Twitter:@julianafrnobre)



A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) se solidarizou com a deputada federal Alice Portugal após a agressão sofrida pela parlamentar nesta terça-feira (20) na Câmara dos Deputados. Para a edil, a atitude do secretário da mesa diretora é a constatação da relação desigual entre homens e mulheres, que em muitas vezes, gera a violência contra a mulher.

“É um absurdo isso acontecer em um local que jamais imaginaríamos ocorrer algo assim. Infelizmente ainda vemos manifestações de agressões e da relação desigual entre homens e mulheres. O homem ainda acha que tem poder sobre a mulher”, indignou-se. A comunista afirmou que o caso precisa ser apurado e o funcionário da Câmara punido. “Precisamos construir uma sociedade igualitária”, reforçou.

Aladilce ainda contou que na votação da Casa na tarde desta quarta-feira (21) foi aprovada a indicação da Medalha Maria Quitéria para a deputada federal. “Alice dispensa justificativas, mas por ser a única parlamentar mulher baiana e com enormes contribuições para a nossa cidade, merece mais honrarias”. A solenidade ainda não tem data marcada.

Entenda o caso

Enquanto a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) fazia discurso de protesto contra o encerramento da sessão em homenagem aos 90 anos da Coluna Prestes, ocorrida ontem, na Câmara Federal, a parlamentar por pouco não foi agredida pelo secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna, que se dirigiu com o dedo em riste para a deputada, sendo contido por seguranças da Casa. Mozart, aos gritos, tentava negar a responsabilidade da Secretaria-geral de ter interrompido a sessão de forma abrupta. Antes de ser interrompida, Alice denunciava que convidados que foram assistir à sessão em homenagem a Prestes foram retirados da sessão em explicação.

A sessão especial deveria começar ao meio-dia com término previsto às 13h50, já que a sessão ordinária deveria iniciar às 14h. Porém atrasou, sendo iniciada às 13h15. A sessão foi interrompida no horário previsto, “sem qualquer cuidado, respeito ou informação aos convidados sobre o motivo do encerramento”, conforme reforçado pela parlamentar.

O Partido Comunista do Brasil decidiu entrar com uma representação formal na Casa contra o secretário por agressão verbal.


 Publicada no dia 21 de maio de 2014, às 18h29

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