A reportagem do Bocão News recebeu na noite da última quarta-feira (28), com exclusividade, documentos que comprovam denúncia feita por servidoras da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH), enviadas ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP) contra o secretário da pasta, Almiro Sena.As vítimas relatam que "lamentavelmente formulamos a seguinte denúncia, contra todos os acontecimentos ocorridos nos últimos tempos na Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia, um dos últimos locais onde imagina os acontecimentos narrados nos relatos em anexo".
Ainda de acordo com o documento, as denunciantes pedem socorro para que tais acontecimentos não caiam no esquecimento. "Assim como se fala por aí que já existem outras denúncias e que o secretário de Justiça e Promotor, Almiro Sena, usou de sua "influência" para arquivar os processos.
Para reportagem, o líder do DEM na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Carlos Gaban, classificou a denúncia como "retrato do governo Wagner". "O que o secretário faz é o que o líder do governo e o presidente da Assembleia fizeram ontem, jogaram literalmente. Os valores não são preservados. Os direitos não são respeitados", disse o deputado fazendo referência a confusão que aconteceu na Alba no segundo turno da disputa entre ele e Zezéu Ribeiro, para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, realizado na noite de quarta-feira (28). Os deputados de oposição denunciaram aos berros que diversos parlamentares da base governista fotografaram o voto na cabine improvisada no mezanino do plenário.
O líder do Dem afirmou que a denúncia contra Almiro Sena "mostra que o secretário ao agir dessa forma não entende que hoje as mulheres tem seus direitos respeitados. Há leis em vigor no país que penalizam condutas indevidas de gestores, que na certeza da impunidae, continuam agindo assim". Ele finaliza dizendo que a denúncia merece a atenção da Justiça. "Acho que tem que fazer como fizeram, denunciar, e ter uma punição exemplar, para que elementos dessa natureza não possam nunca mais exercer um cargo público".
Fotos: Arquivo // Bocão News
