Política

Presidente da Alba afirma que Gaban não foi eleito pelo povo

Imagem Presidente da Alba afirma que Gaban não foi eleito pelo povo
Presidente Alba e líder do DEM medem força no plenário   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/06/2014, às 09h16   Luiz Fernando Lima e David Mendes




Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), lamentou nesta terça-feira (3) o ato realizado pelos colegas integrantes da bancada de oposição da Casa, que realizaram uma marcha fúnebre pela rampa de acesso ao Palácio Luís Eduardo Magalhães, edifício-sede da Alba, até o plenário onde depositaram um caixão. De acordo com os oposicionistas, a ação simbolizou o enterro do Legislativo baiano, por conta da maneira como o deputado federal petista Zezéu Ribeiro foi escolhido pelo parlamento para ocupar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“É lamentável que os deputados eleitos pelo povo tenham trazido um caixão para o plenário da Assembleia Legislativa, local onde se decide os destinos da Bahia. Todo o protesto pacífico deve ser respeitado e é válido, mas é um desrespeito com a Casa, com os colegas e com o povo baiano. Espero que o povo da Bahia julgue todos os atos de cada um dos deputados em cinco de outubro”, criticou Nilo, em entrevista ao Bocão News. 


Deputados da oposição levaram caixão para o plenário nesta terça


Antes do encerramento da sessão, o deputado federal Carlos Gaban (DEM), que disputou a vaga do TCE com Zezéu, usou a tribuna e fez duras críticas à postura do chefe do Legislativo baiano.

"Depois que a constituição do nosso estado foi rasgada e colegas nossos foram intimidados a fotografar o voto quando a lei eleitoral proíbe que o cidadão leve o celular para a cabine eleitoral, nós tivemos que fazer uma manifestação um pouco mais dura para que a população da Bahia pudesse tomar conhecimento de que foi enterrada pelo PT a democracia e com a colaboração do presidente dessa Casa, Marcelo Nilo, que também enterrou a Assembleia Legislativa, a Constituição do nosso estado. (...) Uma das provas mais cabais é a própria declaração do presidente Marcelo Nilo que disse interpretar o regimento quando quer. É uma maneira truculenta de entender as coisas. O presidente da casa é uma magistrado e tem que agir assim. Não pode ter partido político", discursou.



Marcelo Nilo conversa com Gaban durante ato simbólico do enterro do Legislativo baiano

No bate papo com o Bocão News, Marcelo Nilo rebateu o democrata: "O deputado Gaban tem que ter a grandeza de saber perder. Tem que se lembrar que foi derrotado pelo povo e que só está aqui por conta dos deputados e do governador Jaques Wagner, que sancionou a indicação feita pelos parlamentares do então legislador Gildásio Penedo para compor a corte do Tribunal de Contas do Estado. Quando foi eleito em 2010, Penedo estava no DEM e Gabam era o primeiro suplente", afirmou. E decretou: "Eu não vou discutir com deputado que não foi eleito pelo povo. Ele quando foi presidente tentou se viabilizar para concorrer à reeleição e não conseguiu se quer disputar", comparou.

Sobre enviar a representação contra o deputado Paulo Azi (DEM), e o líder dos contrários, Elmar Nascimento (DEM), como prometido durante a sessão da última quarta-feira (29) quando os dois deputados jogaram as cédulas de votação e a urna para cima, Marcelo Nilo afirmou que como presidente não pode representar contra os pares, mas, "se algum parlamentar o fizer, encaminho".

Publicada no dia 3 de junho de 2014, às 20h29

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