Zezéu se despede da Câmara Federal. Deputado DEM elogia petista
Publicado em 06/06/2014, às 06h28 Luiz Fernando Lima (twitter @limaluizf)
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A sessão plenária da Câmara Federal da última terça-feira (3) foi marcada pelo discurso emocionado de despedida do deputado Zezéu Ribeiro (PT). Eleito para integrar a corte do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em uma votação polêmica, realizada na quarta-feira (28), na Assembleia Legisaltiva, o petista renunciou ao cargo no parlamento.
Em seu pronunciamento Zezéu rememorou os 50 anos de trajetória política e foi saldado pelos correligionários, aliados políticos e pelo presidente da Casa Baixa do Congresso Nacional Eduardo Henrique Alves (PMDB). O deputado federal Cláudio Cajado (DEM) surpreendeu a muitos quando também pediu a palavra para homenagear o petista.
“Venho, pelo democratas da Bahia, presta a justa homenagem a Zézeu. Por sua vida ilibada, seriedade e por seu trabalho voltado aos interesses mais elevados do povo baiano. Portanto, Zezéu você sai cumprimdo sua função e, com certeza, contribuirá muito mais para o nosso estado como conselheiro do Tribunal do Contas do Estado”.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, Cajado afirmou que não vê problema algum no pronunciamento. “Nestas horas a coloração partidária tem que ser posta de lado. Não entrei no mérito da questão. Apenas dei a minha declaração a um companheiro de parlamento. É como se um colega de trabalho estivesse saindo. Não vejo problema algum”.
A eleição de Zezéu para a corte de contas foi regada de problemas e aconteceu em uma das sessões mais polêmicas do Legislativo baiano. Os deputados estaduais da bancada de oposição prometeram levar o assunto ao Judiciário e querem cancelar a votação que, segundo eles, foi marcada por irregularidades.
Entre as supostas ilegalidades estão os registros fotográficos de cédulas. A eleição de conselheiro é secreta. De acordo com as denúncias da oposição baiana, muitos deputados governistas tiraram fotos do voto para mostrar que não estavam “traindo o governador Jaques Wagner”.
O fato é que demistas da Bahia, que tinham apresentado a candidatura de Carlos Gaban, ainda não aceitam a eleição de Zezéu e o assunto está longe do desfecho. Contudo, ainda que pareça contraditório, nenhum deles questiona a legitimidade e correção de Zezéu. Ele foi, na avaliação de muitos, o “bode expiatório” eu um processo que tinha como alvo Jaques Wagner.
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