Política

Lídice defende “o novo” e diz que PT faz política exclusivista. Confira.

Imagem Lídice defende “o novo” e diz que PT faz política exclusivista. Confira.
Lídice criticou o que chamou de "política da mesmice"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/06/2014, às 11h32   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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A senadora e pré-candidata ao governo da Bahia pelo PSB, Lídice da Mata, participou neste sábado (7) da convenção municipal do seu partido, em Salvador, que manteve Waldemar Oliveira como dirigente da sigla na capital baiana.

Acompanhada da pré-candidata ao Senado, Eliana Calmon, além de deputados, vereadores e lideranças políticas da cidade, 
a ex-prefeita de Salvador bateu um papo com a reportagem e falou sobre o atual cenário político na Bahia, da pesquisa eleitoral do Ibope que apontou a postulante na segunda colocação na corrida ao Palácio de Ondina, à frente do pré-candidato petista Rui Costa, e ainda defendeu sua candidatura e a de Eliana como algo "novo" contra o que chama de "política da mesmice".

Pré-candidatura

"A definição de projeto político do PT é uma definição muito exclusivista. O candidato a suceder um petista só pode ser do PT. E isso vai transformando o conteúdo do projeto. Aí veio o pretexto de que Eduardo Campos era candidato à presidência da República. E daí? Está se formando as mais diversas composições no estado. PSB poderia apoiar Eduardo e continuar na chapa e ter uma chapa geral. Mas essa é uma questão já superada, porque agora o que importa é que sou candidata pelo PSB. A nossa candidatura pode representar algo de novo na Bahia".

Política nacional

"Há uma idéia na militância política, nos militantes da luta contra a ditadura, das pessoas que dedicaram a sua vida à uma militância de esquerda que não é contra alianças, mas a favor de que as alianças caminhem com definições políticas e ideológicas. O Brasil vem passando por misturas ideológicas, ninguém sabe quem é quem no Congresso Nacional, na presidência da República. Dia 10 vai ter convenção do PMDB. Ontem a bancada se reuniu em Brasília e dos 33 deputados, 30 votaram contra a coligação com Dilma. Há um sentimento de confusão política. E em todos os partidos. E queremos com essa candidatura apontar um rumo, um rumo político, ideológico. O rumo de que nossas alianças têm que estar centradas em programas, em uma prática política que nos leve a fazer o Brasil avançar democraticamente. Não adianta essa base toda da presidente, mas chegam lá os projetos que dizem respeito aos avanços políticos e sociais e a base rejeita porque ela não tem aderência ideológica".


O novo

"Precisamos constituir um programa e uma aliança que se apresente para a Bahia como uma coisa de novo, alguma coisa que não é a política tradicional. Eu sou política há muitos anos, Eliana não é, deixou o conforto do seu fim de carreira e se aposentou antes do tempo para se jogar na batalha política compreendendo que esse é um caminho novo. Um caminho novo para trazer a discussão da corrupção, não da forma moralista apenas, mas em uma discussão de como isso interfere, tira recursos, prejudica a imagem do país frente à população, diante do crédito das pessoas. Como que a Justiça pode se realizar de forma mais rápida, levando esse sentimento de justiça de que algo justo foi feito pela população. E nós vamos apresentar um programa que tem como centro a revolução na educação, a transformação profunda da base educacional da Bahia. Não vamos ficar debatendo picuinhas, nós vamos discutir programa de governo. Quem tiver programa de governo apresenta e discuti para ver se é melhor do que o nosso. O nosso vai ser melhor porque estará coadunado com a necessidade do nosso estado".

Pesquisa Ibope

"Os 11 pontos me honram muito e significam uma resistência da população. É claro que há uma máquina do governo muito forte. Pode ser que o candidato do governo em uma próxima pesquisa já tenha empatado ou até ter me passado, isso não é fundamental. O fundamental é compreender o movimento, a tendência. Nesta última pesquisa do DataFolha Dilma caiu, Eduardo caiu, Aécio caiu e branco e nulos subiram.  Há um estranhamento, uma irritação da opinião pública, uma frustração das pessoas com a política. E essa política é a política tradicional. A política da mesmice, de fazer igual o que nós condenávamos no passado dos nossos adversários. A velha política, o jeitinho brasileiro, mas nesse momento não precisamos de jeitinho brasileiro, mas de decisão do Brasil por um caminho e da Bahia por um caminho. O caminho da Bahia é afirmação democrática e avanço das políticas sociais e econômicas da nossa terra. E isso não pode ser realizado por uma pessoa que já foi governador duas vezes e não realizou essa tarefa. Nem por alguém que está no governo, mas que não tem um programa claro de realização do que pretende, de como transformar a Bahia. Não basta defender o governo que passou. É preciso ter ousadia, ter visão para demonstrar o que ele pode fazer pela Bahia".

Fotos: Roberto Viana/Bocao News



Matéria orginalmente publicada às 19h40 do dia 7 de junho

Classificação Indicativa: Livre

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