Política

Zé Neto bate o pé e reafirma: Neto quer privatizar os serviços da Embasa

Imagem Zé Neto bate o pé e reafirma: Neto quer privatizar os serviços da Embasa
Para petista, a justificativa do prefeito de Salvador é balela, é engodo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/06/2014, às 20h54   Luiz Fernando Lima (twitter @limaluizf)


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O líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, José Neto (PT), foi taxativo ao comentar o recente anúncio da prefeitura de Salvador sobre a municipalização da regulação dos serviços de água e saneamento básico, atualmente de responsabilidade da Agersa – agência estadual.

“Engodo. O objetivo é de privatizar o serviços prestados atualmente pela Embasa. O que eles (DEM) querem é dinheiro e para isso vão retirar as duas principais cidades (Salvador e Feira de Santana) que contribuem para sustentabilidade da Embasa em detrimento de todo o estado”.

O petista revela que desde o mês passado vem alertando a sociedade para a movimentação dos demistas. Uma audiência pública foi realizada no segundo maior munícipio baiano e lá, conforme o parlamentar, o secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, deixou claro que teriam empresas da iniciativa privada querendo assumir a gestão dos serviços.

“O sistema é integrado em toda a região metropolitana. Juridicamente é um absurdo o que estão querendo fazer. A situação é grave. Esse papo de que querem apenas regulamentar é balela. Você só pode regulamentar aquilo que é sua concessão. Neto quer privatizar a Embasa”.

Segundo o deputado feirense, a estratégia dos dois prefeitos, ACM Neto e José Ronaldo, ambos do DEM, é individualizar o serviço que hoje é integrado. “A água consumida não vêm nem de Salvador nem de Feira, vem da região da Chapada e de outros lugares. Eles querem inviabilizar a Embasa. Esse debate só está começando”.

Sobre o projeto de Lei apontado pelo prefeito de Salvador como um “crime contra a capital” Zé Neto afirma que não tem nada disso. “O conselho será formado por 30 membros. Três do governo estadual, três da prefeitura de Salvador e um de cada cidade da região metropolitana. É importante dizer que todas as cidades que municipalizaram o serviço tiveram problemas e a situação é desastrosa”.

O deputado estadual Paulo Azi (DEM) diverge do petista. No email enviado à imprensa pela assessoria do parlamentar o demista afirma que “o projeto do governo Wagner batizado de Autoridade Metropolitana fere a autonomia dos municípios e tem inspiração na ditadura militar".

Para o democrata, o projeto encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa na última segunda-feira, é uma "excrescência" e tem o interesse claro de usurpar as atribuições que constitucionalmente pertencem aos municípios, a exemplo dos serviços públicos de transporte, saneamento básico, uso do solo e meio ambiente.

“O Autoridade Metropolitana”, que teve urgência urgentíssima aprovada pela maioria governista do Legislativo na última quarta-feira, propõe a criação de um Conselho em que 49% dos seus representantes são indicação do governo do estado. "Tenho a certeza que o Supremo Tribunal Federal não permitirá uma violência como essa" , disse o parlamentar.

Como o petista ressaltou na entrevista ao Bocão News. A discussão está apenas começando, contudo, tem muita gente de ‘orelha em pé’ e de dentro do governo vem a informação de que Jaques Wagner está apreensivo.

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