Política

Apesar de ter o dobro de partidos, Souto terá mesmo tempo de Tv que Rui

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Algumas legendas não agregaram à chapa oposicionista   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 20/06/2014, às 06h16   Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)



Em conta preliminar, os candidatos ao governo do Estado Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT) devem ter praticamente o mesmo tempo de tv e rádio, entre 7 e 8 minutos. Embora tenha um arco de aliança com 18 partidos, não foi agregado muito coisa à chapa de oposição, já que cinco siglas (PTN, PTC, PHS, PEN e PPL) não contam com assento na Câmara Federal, e, portanto, não agregam tempo de exposição nos meios eletrônicos.

A debandada de partidos para a oposição não se dá em termos ideológicos. Ao menos é assim que interpreta o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação. “Os partidos foram para o outro lado porque queriam a chance de eleição para o Legislativo e alguns aumentarem suas bancadas”, diz Anunciação ao Bocão News.

Segundo Everaldo, é legitimo que os partidos tentem uma forma de eleger o maior número de parlamentares tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara Federal, mas pondera. “Acho que o mais importante é ter um bom governo, um governo voltado para as questões sociais, mais do que tentar fazer bancadas no Legislativo”, observa o dirigente partidário.  

Ainda que sejam excluídos da conta os cinco partidos sem assento na Câmara, a oposição ainda tem pouco mais do que o dobro de legendas do que o candidato do governo, Rui Costa (PT). “Acho graça dessa festa que eles fazem com tanto partido. Em 2012, eles criticavam Nelson Pelegrino porque tinha apoio de muitas legendas. Eles diziam que nem o número de partidos, nem o tempo de tv eram importantes. Agora, eles mudam de ideia. O que esta valendo mesmo?”, questiona.

O PT pretende fazer duas coligações na proporcional. Quanto menor o número de chapas, menores são as chances de um candidato que não tenha mandato ou não tenha tanta visibilidade ser eleito.

A chapa proporcional sempre foi uma das variáveis eleitorais polêmicas. Há no Congresso Nacional PEC que pede o fim da coligação para deputados e vereadores. Caso seja aprovada dentro do bojo da reforma política, muitas legenda pequenas, que representam menos de 15% do Congresso, tendem a  sumir.

O fim das coligações proporcionais traz pontos positivos: acaba com a distorção de se votar em um partido e eleger candidatos de outra legenda; pode reduzir o número de “legendas de aluguel”, forçando a fusão ou a extinção de partidos pouco representativos no país; acaba com coligações de ocasião, montadas com fins exclusivamente de estratégia eleitoral; e exige que partidos busquem candidatos viáveis, forçando um maior diálogo com as bases.


Publicada no dia 19 de junho de 2014, às 11h48

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