Política

Debate da Globo

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Metrô de Salvador e Geddel Viera Lima foram citados pelos presidenciáveis  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/10/2010, às 00h57   Daniel Pinto


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O último debate do primeiro turno, promovido pela Rede Globo, foi um tanto quanto frustrante para os eleitores que ficaram acordados até quase 12h30 desta sexta-feira (01). Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) não tiveram espaço suficiente para discutir com profundidade questão de relevância para o país. Além disso, houve pouco confronto de ideias. Faltou até mesmo as já tradicionais provocações, recurso que geralmente dá um “molho” especial aos embates televisivos com formato engessado.   
No primeiro bloco, o mediador William Bonner sorteou temas que serviram como base para que cada candidato fizesse uma pergunta a um dos oponentes. Marina começou a rodada questionando a candidata da situação sobre informalidade. Dilma, como é de praxe, falou em avanços do Governo Lula e ressaltou a geração de 14 milhões de empregos. Em seguida, a petista inquiriu Plínio sobre funcionalismo público. “Vai ser sem terceirização e sem precarização, bem diferente do seu governo”, disparou. José Serra e Marina falaram sobre reforma tributária, matéria que o Poder Executivo sempre fica refém do Congresso Nacional. 
Caixa 2

No segundo bloco, com tema livre, a Bahia e Geddel Vieira Lima (PMDB) foram citados de forma indireta. Ao falar sobre prevenção e resposta à desastres naturais, o candidato tucano disse que, se eleito, irá montar uma Guarda Civil Nacional e criticou o recente envio de recursos feito por um ministro da Integração Nacional ao seu estado natal. Em seguida, Serra mais uma vez lembrou a Terra de Todos os Santos. Desta vez, foi o metrô da capital. “Um escândalo que já consumiu mais de um bilhão”, protestou ao comentar que a União havia abandonado a obra. 
Ainda no mesmo bloco, um dos pontos mais engraçados e reveladores do debate. Dilma Rousseff falava em prestação de contas da campanha quando soltou a pérola: “todas as nossas doações oficiais são publicadas no site”. Quando percebeu a escorregada, já era tarde demais. “Todas as doações são publicadas”. A platéia riu e por pouco não descontrolou a ex-chefe da Casa Civil. 

O debate seguiu sem apresentação de propostas e com pouca emoção. Em linhas gerais, não deve mudar o quadro de intenções de votos na disputa pela Presidência da República. 

Classificação Indicativa: Livre

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