Política

Dilma cobra relações comerciais mais justas e equilibradas

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Em declaração, a presidente pediu regras mais transparentes para exportações  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/03/2011, às 17h28   Redação Bocão News e Agência Brasil



Em declaração conjunta no Palácio do Planalto, neste sábado (19), a presidente Dilma Rousseff cobrou regras mais transparentes para as exportações brasileiras, citando setores que precisam enfrentar sobretaxas para entrar no mercado americano, como o de biocombustíveis, especificamente o etanol, carne, algodão, suco de laranja e aço. "Buscamos relações comerciais mais justas e equilibradas", declarou Dilma.

Ela pediu  “regras mais transparentes” em relação à Rodada Doha e “fluxos mais equilibrados tanto em termos quantitativos quanto qualitativos”. Dilma fez a cobrança em discurso no Palácio Itamaraty, ao lado do presidente norte-americano, Barack Obama.

A cobrança de Dilma é uma resposta aos apelos do empresariado nacional que reclamam das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos aos produtores do Brasil.

A presidenta ressaltou que o Brasil vem apresentando “desenvolvimento sustentável com respeito ao meio ambiente”, com sua matriz energética renovável, e está disposto a fazer uma parceria energética com os Estados Unidos tanto no pré-sal quanto em energias limpas.

Em meio aos esforços para avançar na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas de tal maneira que o Brasil consiga ocupar um assento permanente, Dilma destacou a posição pacífica do país. “Temos orgulho de viver em paz há mais de um século com todos os nossos dez vizinhos”, afirmou.

Ela ressaltou que o Brasil intensifica as parcerias desenvolvidas na África e no Oriente Médio e a participação para um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A presidenta reiterou as demandas do governo brasileiro antes do brinde que ofereceu em homenagem a Obama e sua família.

O presidente Barack Obama, por sua vez, disse que investir no Brasil é vantajoso para os Estados Unidos, no atual cenário econômico. “Nunca houve momento tão promissor para o Brasil. É a sétima economia no mundo e a que mais cresce”, frisou.

 Ele desbafou não administrar a ideiade que Chicago perdeu a oportunidade de sediar o Jogos Oímpícos. "Me dói ainda saber que as Olimpíadas vem para cá, não para Chicago, minha cidade natal. Apesar de termos perdido o concurso, os americanos não vão ficar só como expectadores. O Brasil vai gastar milhões de dólares para realizar esse evento e os EUA estão prontos para ajudar com engenharia e tecnologia”, afirmou.

O presidente norte-americano reconheceu a importância do Brasil na economia mundial. “Dizem que o Brasil é o país do futuro. Bem... o futuro chegou. Apesar da incerteza dos últimos dois anos, o Brasil entrou como potência mundial no cenário econômico. Não há nenhuma dúvida que EUA e Brasil se beneficiam com acordos bilaterais. Fortalecendo indústria e comércio o resultado será positivo para ambos países”, afirmou. Ele também atribuiu o resultado positivo ao “trabalho “árduo e à perseverança do povo brasileiro”.

Durante o discurso, Obama defendeu a democracia dos dois países e ressaltou que pretende ajudar o Brasil a se destacar ainda mais no cenário global. “Os EUA apoiam a emergência do Brasil como potencia econômica. Por isso privilegiamos reuniões como o G20, como lugar de discussões internacionais, apoiamos papel maior para o Brasil no Banco Mundial”, frisou.

O presidente dos EUA destacou que o primeiro país a ser visitado por ele, na América Latina, foi escolhido estrategicamente. “Estamos procurando parceria maior”, acrescentou. E disse que está na hora de os Estados Unidos dar ao Brasil o mesmo tratamento dispensado à Índia e China.

No início do discurso, o líder do governo americano lamentou não ter conhecido o carnaval brasileiro. “Lametamos perder a festa, porque viemos alguma semana depois do carnaval. Mas, se tivesse vindo antes, não teríamos trabalhado tanto”, brincou. (Informações Agência Brasil)

Fotos: Agência Brasil

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