Política

Candidatos ao Senado, Eliana e Otto divergem sobre redução da maioridade penal

Bocão News
Projeto tramitando no Senado prevê redução de 18 para 16 anos  |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 07/08/2014, às 06h39   Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)


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Eles não estão apenas de lados opostos da política, mas no campo das ideias também. Os candidatos ao Senado Otto Alencar (PSD) e Eliana Calmon (PSB) divergem sobre a redução da maioridade penal. A ex-ministra é contra. O atual vice-governador é contráro com algumas ressalvas.

A redução da maioridade penal de 18 para 16 anos vem sendo discutida no Senado há alguns anos. Há diversos projetos propondo a redução, a exemplo da matéria de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), em que indica que  adolescentes a partir de 13 anos respodam criminalmente como adultos.

Em postagem feita na sua fan page no Facebook, Otto ressalta que a reforma do Código Penal é uma das suas bandeiras. Dentre alterações que devem ser feitas, Otto fala que a redução da maioridade penal é uma das prioridades. Ele defende “a redução para reincidentes e crimes hediondos”. “Devemos ser cuidadosos com esse tema e minha posição é que a maioridade penal deve ser revista em casos de crimes hediondos e reincidência. Acredito que é através da discussão e mudanças de questões como essa que chegaremos a um caminho de mais segurança e justiça”.

Já Eliana Calmon defende a manutenção da maioridade de 18 anos no Brasil. Membro do Conselho Permanente de Segurança da ONU, que mapeia as causas da violência na América Latina, ela explicou que os jovens que se envolvem com a criminalidade têm um perfil que se repete: negros e pardos, moram em lares desestruturados e com pouca instrução. “O Brasil ainda detém a marca por ser um dos países da América Latina campeões em falta de registro civil. O problema não está na idade e sim na falta de políticas públicas que garantam escola de qualidade e cidadania a esses jovens, que, por falta de opções de educação, emprego e atividades culturais e esportivas acabam deslocados para o caminho mais ‘fácil’, o das drogas e do tráfico”, denuncia a ministra.

*Matéria originalmente publicada às 12h24 desta quarta-feira (6)

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