A ex-ministra e candidata ao Senado, Eliana Calmon (PSB), revelou em entrevista na Metrópole na manhã desta quarta-feira (13), que não vai mais fazer campanha nas ruas. Segundo a postulante, a decisão foi tomada depois de presenciar duas situações. A primeira foi quando uma mulher criticou que os políticos só aparecem durante a eleição, e outra foi a ausência de apoio ao irmão que precisa ser internado para uma cirurgia.
"Não vou mais para a rua, porque isso tem sido uma constante. As pessoas estão desacreditadas dos políticos. E não são apenas as pessoas sofridas e simples. É preciso que façamos esse resgate. E quem pode fazer isso? Quem acredita em cidadania, como eu", disse.
Ainda em conversa, ministra ressaltou que apesar do constrangimento, a campanha fornece uma boa experiência para ela, que tem conhecido algumas cidades. "Já tinha ido várias vezes em Arraial D'Ajuda, mas ficava em resort. Como política me levaram a outra Arraial D'Ajuda, com esgoto a céu aberto, posto de saúde coberto por mato. Esse (Arraial) nunca me monstraram. Foi muito interessante. Estou conhecendo o outro lado das cidades onde vou", conta.
A relação entre Eduardo Campos (PSB), candidato à presidência da República, e a vice dele, Marina Silva, também foi comentada também durante a conversa. "Fui colocada como candidata por causa deles. O Eduardo e a Marina me jogaram no colo de Lídice, brinco com ela dizendo isso. Existe muito zum zum zum sobre a relação dos dois e digo que eles não brigam, eles se dão muito bem. Marina dá a Eduardo régua e compasso. [..] Eduardo é o líder no agir como executivo, essa junção foi muito importante, o projeto de governo de Eduardo é muito bom, baseado na reforma política. Ele não deslanchou ainda porque é pouco conhecido, assim como eu sou na Bahia. Mas, isso está mudando e vai mudar com o horário eleitoral".
Foto: Gilberto Júnior // Bocão News 
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