Política

Candidatura de Marina Silva pode dificultar reeleição de Dilma, diz cientista

Bocão News
Densidade eleitoral da ex-senadora é maior do que a de Eduardo Campos   |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 14/08/2014, às 06h18   Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)



Com a morte prematura de Eduardo Campos (PSB), na manhã desta quarta-feira (13), o cenário eleitoral ainda é incerto. Entretanto, a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República pode ser a que mais sofrerá, caso Marina Silva substituto o ex-governador de Pernambuco na disputa. A previsão é do cientista político da Universidade Federal a Bahia (Ufba), Jorge Almeida

“Se Marina for a candidata, e é o que se imagina, já que o PSB dificilmente terá outro nome, vai complicar significativamente o processo eleitoral. O segundo turno deixa de ser uma possibilidade e passa a ser uma probabilidade”, afirma Almeida ao Bocão News.

Marina tem mais densidade eleitoral do que tinha Eduardo Campos. Foi candidata a presidente em 2010, e teve mais de 20 milhões de votos. Nas pesquisas, quando o nome dela era citado como candidata, tinha percentual maior do que Eduardo. “Marina tinha um alcance mas amplo nas pesquisas. Embora nem todo o eleitorado de Eduardo vá para ela, ainda assim Marina consegue ter um número significativo de eleitores que sempre a apoiaram”.

Para Jorge, a situação de Dilma se complica. As inúmeras reações nas redes sociais, com chacotas sobre a petista relacionadas com morte de Eduardo, podem não representar apenas piadas de mau gosto. “Em parte, esse avião caiu na cabeça de Dilma e do PT”, assinala.

Sobre os rumos da candidatura da senadora Lidice da Mata ao governo baiano, Jorge Almeida preferiu não fazer grandes considerações. "A candidatuar dela foi uma imposição, foi forçada desde o início. Acho que a candidatuar não vai além do qeu já foi, mas não saberia dizer se ela a manterá". 

Publicada no dia 13 de agosto de 2014, ás 15h57

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp