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Clima tenso marca demolição de casas na Avenida Suburbana

Imagem Clima tenso marca demolição de casas na Avenida Suburbana
Cerca de 20 imóveis foram demolidos pela Sucom na manhã detsa quinta (21)  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/08/2014, às 07h12   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)



Desde as primeiras horas desta quinta-feira (21), cerca de 20 casas e barracos começaram a ser demolidos na Avenida Suburbana, em Salvador. Os imóveis residenciais e comerciais estavam localizados na beira da pista, na parte de baixo de Alto de Coutos. Por volta das 13h, a reportagem do Bocão News esteve no local e flagrou um clima tenso entre os moradores e os operários da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom).



Morador há sete anos daquela localidade, Lucas Palmas dos Santos foi um dos primeiros a chegar e logo reivindicou o fato de, segundo ele, não ter sido comunicado previamente pelo órgão municipal sobre esta ação. O pedreiro de 24 anos disse ainda que recebeu uma ligação de vizinhos informando que a casa dele estava sendo demolida. Emocionado, ele deparava-se com seus pertences pessoais que estavam no chão, ao lado do entulho do que um dia já foi sua casa. "Agora não sei o que faço e não tenho para onde ir", afirmou.



Lucas Palmas



AAlexsandro Pereira


Já o cadeirante Alexsandro Pereira da Silva, 36 anos, tinha um barraco de madeira e, inconformado, questionou para onde as coisas deles seriam levadas, ao apontar para o caminhão com seus pertences.

A reportagem do Bocão News tentou conversar com os operários da Sucom, que não quiseram falar com a imprensa e com representantes da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), que já cadastravam os moradores.



Em nota, a Sucom informou que "todos foram notificados há cerca de um ano e novamente há quatro meses atrás". A reportagem questionou à Sucom para onde os pertences dos moradores serão levados. Em outra nota, o órgão afirmou "que foram disponibilizados caminhões para que os interessados transportassem o que desejavam para outro local, indicado por eles"



Já a Semps relatou que todos estão sendo cadastrados e aqueles que quiserem ir para casa de parentes irão receber o apoio da secretaria através da doação de cestas básicas, colchões e lençóis. Já para aqueles que não têm para onde ir, a Semps informa que serão encaminhados aos abrigos da cidade até que o aluguel-social, que é no valor de R$ 300, esteja disponibilizado. O prazo para que o morador tenha acesso a este aluguel é de, no mínimo, 30 dias.

Com informações do repórter Tiago Di Araujo


Publicada no dia 21 de agosto de 2014, às 14h53

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