Política

Contratos irregulares com o Instituto Brasil também foram firmados com a Conder

Imagem Contratos irregulares com o Instituto Brasil também foram firmados com a Conder
Dalva Sele voltou a receber recurso do governo na gestão da deputada Maria Del Carmen  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/09/2014, às 09h58   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


FacebookTwitterWhatsApp

Os primeiros contratos firmados entre o governo do estado e o Instituto Brasil foram na gestão do ex-governador e candidato ao Palácio de Ondina, Paulo Souto (DEM). A informação defendida pelo presidente do PT, Everaldo Anunciação, neste fim de semana, foi reiterada pela ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), deputada estadual Maria Del Carmen (PT). O nome da petista já circula entre uma das beneficiárias do esquema milionário de desvio de dinheiro, delatado pela ex-presidente da entidade, Dalva Sele à Revista Veja.

Presidente da Conder entre 2007 a 2009, Del Carmem - principal parceira do deputado federal Nelson Pelegrino, citado também no esquema -  firmou convênio com o Instituto Brasil para cadastramento de famílias para a requalificação urbana em bairros de Salvador. Ao Bocão News, a petista afirmou que não houve irregularidades no processo e que o instituto cumpriu com as ações com prestação de contas e relatórios entregues regularmente. A deputada só não soube informar os valores do convênio e tampouco quis comentar sobre a fraude de notas fiscais.

Del Carmem informou que o convênio foi iniciado no governo Paulo Souto e o manteve devido ao trabalho já iniciado. “O instituto já tinha conhecimento da área e por isso fizemos um novo convênio para continuar o cadastro de famílias. Não sei dizer se houve irregularidades, mas todas as prestações de contas foram entregues bem como os relatórios de execução das ações”, defendeu.

Entretanto, durante a gestão de Mário Gordilho à frente da Conder, em 2000, o instituto já tinha contrato com o órgão para prestação de serviço social em áreas de riscos da capital baiana. Porém, foi cancelado após o descumprimento de atividades e demora na execução das ações. O contrato de cerca de R$ 100 mil foi suspenso, mas o instituto chegou a receber parte desse recurso. Mesmo com o cancelamento do convênio, a entidade voltou a prestar serviços na gestão da petista.

Publicada no dia 22 de setembro de 2014, às 19h20

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp