Nessa quarta-feira (1º) a Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Jesus iria discutir a denúncia feita pelo edil Antônio Barreto Nogueira Neto (PSB), conhecido como Tom, que indicou a existência de irregularidade no pagamento de ‘supersalários’ a servidores pela prefeitura da cidade. Iria, se não fosse já a segunda tentativa para debater o assunto e os devidos esclarecimentos serem feitos à população do munícipio, mas que não ocorreu por falta de quórum.
Segundo o vereador Marcos Antônio da Costa Muniz (PSD), conhecido como Chispita, um dos cinco vereadores que compareceram na Câmara ontem, os demais colegas não foram à Casa por estarem atuando fora nesse período eleitoral. Mas Chispita criticou o teor das denúncias apresentadas pelo edil pessebista contra a administração municipal. “As pessoas estavam lá querendo justificativa. As denúncias feitas são infundadas, pois o prefeito [Humberto Leite (PDT)] está cumprindo a lei, nada que seja inconstitucional. Inclusive, as gratificações que ele paga aos funcionários está prevista em projeto de lei municipal”, defendeu.
O edil também afirmou que nessa sessão prevista para essa quarta seria apresentado o demonstrativo de pessoal da gestão do antigo prefeito de Santo Antônio de Jesus, Euvaldo Rosa. “Vimos que os gastos são bem maiores [que os apresentados por Tom contra Humberto]. E ainda percebemos que ele [Euvaldo] pagava hora extra ao servidor comissionado, o que não é permitido”, denunciou Chispita, que adiantou que o prefeito Humberto vai pedir o ressarcimento desse valor pago pelo ex-administrador.
O presidente do Legislativo do município, Antônio Marcos Araújo Lessa (PP), alega que as denúncias de Tom são procedentes. “Realmente ele colocou [a denúncia] e tem dados fundamentados. Acho que na sessão de ontem o outro pessoal iria trazer coisas sobre a antiga gestão”, disse, em referência ao que Chispita afirmou ser o demonstrativo de pessoal da administração anterior.
De acordo com o edil Marcos Vinícius de Santana Santos (PSD), o vereador Tom tentou “macular a imagem do prefeito” ao fazer as denúncias. “As pessoas queriam explicações sobre o que ele disse. Deu alguns nomes que teriam sido beneficiados, e os citados acharam ruim a exposição dos seus nomes”, afirmou o pessedista.
A reportagem tentou falar com o vereador Tom, autor das denúncias, e com o líder do governo na Câmara, Francisco de Assis Lima Damasceno (Chico de Dega), mas as ligações não foram atendidas.
A previsão é que a sessão aconteça na próxima segunda-feira (6).
Nota orignalmente postada dia 2
MG Notícias/Reprodução
