Em campos opostos, PSB e PT chegam ao fim da disputa ressentidos

Apesar da empolgação inicial, a campanha de Lídice da Mata (PSB) foi perdendo fôlego dia após dia, sobretudo, após a morte de Eduardo Campos e a substituição por Marina Silva. A militância socialista demonstrou uma musculatura flácida e os eventos na Bahia sempre atraíram pouca gente. Para além dessa apatia, Lídice perdeu apoio de prefeitos do PSB.

Candidato a deputado federal e um dos coordenadores da campanha de Lídice, Domingos Leonelli atribuiu a desidratação da candidatura socialista a cooptação de lideranças ligadas ao partido por dirigentes do PT.

Caso haja segundo turno entre Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT), o caminho a ser seguido por Lídice é incerto. Publicamente ninguém fala sobre o assunto. “Acreditamos na nossa candidatura e ninguém no partido está autorizado a falar do que ainda não sabe se irá acontecer”.

Entretanto, informações chegadas ao Bocão News dão conta de que nos últimos dias Leonelli e o governador Jaques Wagner conversaram. O governador teria reclamado da postura de Lídice, que ‘bateu’ além do esperado em Rui Costa, o chamando de ‘inimigo número 1 do servidor público’ e colocando em xeque sua capacidade administrativa já que nunca comandou uma pasta fim.

Nas conversas entre Leonelli e Wagner, segundo fonte do site, apoio a segundo turno não foi tratado abertamente, mas ficou latente. Ao Bocão News, o socialista desmentiu. “Só tive com Wagner há um mês em Barreiras e o cumprimentei rapidamente. Não passou de 30 segundos”, rebateu.

Há quem diga que o PT deseja o apoio do PSB, mas, ao mesmo tempo, quer distância de Lídice. Em entrevista ao A Tarde, Wagner não dipensou opossível apoio, mas disse que "ela vai ter que verbalizar. Mas, pela nossa história, pelo relacionamento, por tudo que o DEM representou na vida dela quando foi prefeita em Salvador, acho muito difícil que ela apoie o DEM".

Revoltado com a tática do PT de impedir que empresários apostassem na candidatura de Lidice, Leonelli disse que se dependesse da vontade dele, o PSB iria fazer oposição. “Eles sufocaram a nossa candidatura. Se depender de mim, num segundo turno Lídice deveria apoiar a oposição”, assinalou, reafirmando que é uma posição pessoal. 

SBT

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