Prever resultado na Bahia só com bola de cristal, brinca cientista político

Ao contrário da eleição à presidência, em que o segundo turno é quase 100% certo, o resultado da disputa na Bahia é incerta. Arriscar o que vai sair das urnas após a contagem dos votos só para quem tem bola de cristal.

O cientista político, Paulo Fábio Dantas, afirma que até duas semanas atrás era possível prever algum resultado, tendo o candidato da oposição, Paulo Souto (DEM), na liderança isolada. Os números tiveram alteração, mas nada que, a princípio, possa cravar se haverá ou não um segundo tempo na eleição baiana. “Até duas semanas era possível prever a vitória de Souto, mas agora não pode afirmar que haverá segundo turno. Pelo bom senso não dá para prevê nada”, assinalou ao Bocão News.

Sobre Paulo Souto, Dantas diz que para ele essa eleição é de desempate. “Ele ganhou duas e perdeu duas. Agora, para ele, pode haver um desempate”, disse.

Paulo Fábio Dantas compara a eleição deste ano a de 2006, quando Souto tentava a reeleição e foi derrotado no primeiro turno por Jaques Wagner. E cita três familiaridades entre os dois períodos.

Assim como em 2006, Souto é candidato da frente de oposição; está contra um grupo que já está muito tempo no poder e conta com referência de gestão bem avaliada.

Há oito anos, Wagner disputava contra o grupo que estava governando a Bahia há 16 anos e contava com o apoio e a alta popularidade do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Hoje, Paulo Souto tem o apoio do prefeito ACM Neto, não é mais um candidato de grupo, mas de aliança com entrada do PMDB”, comparou.

Na avaliação de Paulo Dantas, Rui Costa, que acabou polarizando com Souto a campanha eleitoral, não é candidato do PT, nem de esquerda. “É governista com todo ônus e bônus".

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