Política

Pinheiro diz que Dilma tem legitimidade, mas defende referendo

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Presidente Dilma defende plebiscito para reforma política   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/10/2014, às 07h44   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O senador Walter Pinheiro (PT) defendeu a liderança da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) na condução da reforma política. Para o parlamentar baiano, Dilma tem legitimidade para ser a “timoneira”, liderando o processo. No entanto, o senador acredita que a mandatária brasileira precisa contar com o envolvimento do Congresso Nacional e de todos os setores da sociedade civil organizada.
A petista defende a consulta popular como essencial para se implementar a reforma política no país. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Dilma disse ter certeza que essa consulta será possível, pois durante a campanha conversou com diversos setores que contribuíram com formas de se fazer um plebiscito.
“A Presidente da República tem a legitimidade referendada, novamente, pelas urnas, para ser a principal ‘timoneira’ desse processo. Ela ganhou condição de ser alguém que vai abraçar a propositura, mas isso é diferente de você ser a pessoa que vai apresentar a propositura. Ela pode liderar esse processo e, principalmente, chamar os outros setores para integrar o processo. Eu creio que a presidenta tenha legitimidade e capacidade para isso, mas teve envolver todos os setores para conseguir ressonância”, disse o senador durante discurso no plenário, na tarde desta terça-feira (28).
Pinheiro lembrou ainda que a sinergia de todos os setores e dos poderes legitimados é fundamental para o sucesso e eficácia no caminho de concretizar a reforma política.“O fundamental não é ter a síndrome da iniciativa, mas sim a capacidade de sinergia com uma proposta como essa”, concluiu.
O senador disse ainda que conseguiu a adesão de parlamentares e protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da reeleição, estabelece a coincidência das eleições e outras propostas de reforma. “Estou buscando a adesão de colegas para tratar de temas importantes como o fim da reeleição e também de normas para acesso ao fundo partidário, criando regras de transição, que deverão se submeter a um referendo as alterações relativas ao sistema eleitoral”, explicou lembrando ainda que o Congresso Nacional terá de buscar um consenso para definir a forma de conduzir a reforma. 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já defendeu a realização de um referendo como mecanismo para se aprovar uma reforma política, o que contraria a proposta da presidente.

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