Quando o governo acerta, a oposição faz tudo para não apoiar, diz Zé Neto
Publicado em 12/11/2014, às 17h42 Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)
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A oposição na Assembleia Legislativa da Bahia acusou o governo de ter aprovado o requerimento de regime de urgência para o projeto de Lei da Ordenação Básica (LOB) da Polícia Militar passando um “rolo compressor” na Casa, em uma referência ao fato de a base governista ter maioria no Legislativo e com isso, conseguir aprovar medidas de interesse do Executivo.
"Mesmo sem entendimento com as associações dos policias e coronéis, mesmo com a resistência da oposição, o Governo, usando o rolo compressor acaba de aprovar o requerimento de urgência para a votação do projeto da LOB. São 48horas para votar, sem prazo para emendas, e votação a 'toque de caixa'. Essa, infelizmente, é a praxe do Governo Wagner. Votamos contra o requerimento de urgência porque não houve acordo com as partes interessadas, mas somos minoria na Casa", discursou o vice-líder da oposição na Casa, Carlos Gaban (DEM).
Para o deputado líder da base do governo, Zé Neto (PT), a história não é bem assim e a oposição é quem teria o “hábito de dificultar” propostas do Executivo. “Quando o governo acerta, a oposição faz tudo para não apoiar”, lamentou o petista, que em seguida citou o que considera avanços presentes na LOB a ser apreciada na próxima quarta-feira (19). “Foram meses de reunião com as associações discutindo o projeto. A Aspra [Associação de Policiais, Bombeiros e seus familiares do Estado da Bahia] ligada ao Soldado Prisco esteve presente em todas e inclusive foi quem mais cobrou a votação. Agora, cabe a cada policial avaliar se a lei que traz mais vagas para promoção, que cria novas companhias, planos de carreira e que regulariza a situação dos bombeiros, que abre caminhos para aliarmos estatuto e código de ética, se isso é ruim é para a categoria, não sei mais o que é bom”, desabafou o líder governista.
Segundo Neto, em reunião nessa terça (11) a associação Força Invicta apresentou discordância do artigo que pretende passar o poder disciplinar para as mãos do secretário de Segurança Pública e vão acionar a Justiça. “Paciência. É um direito deles e faz parte da democracia”, finalizou o parlamentar.
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