Abin sob Bolsonaro monitorou ilegalmente jornalistas, políticos e adversários, diz PF

Adversários do governo Bolsonaro, além de jornalistas, advogados e políticos estiveram entre pessoas monitoradas ilegalmente por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alvos da Operação Última Milha, realizada na manhã desta sexta-feira (20) pela Polícia Federal.

O órgão investiga o uso ilegal de um sistema secreto de monitoramento da localização de pessoas por meio dos sinais de celular durante os três primeiros anos do governo do ex-presidente.

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A operação cumpre ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. Conforme as investigações, a ferramenta chamada "FirstMile" permitia rastrear o paradeiro de uma pessoa por meio de dados transferidos do celular para torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões.

Segundo a PF, adversários do governo Bolsonaro, inclusive agentes da Abin, foram monitorados por meio do sistema sem justificativa oficial. Conforme informações do jornal O Globo, os agentes, além de participarem do monitoramento, teriam usado o fato de saberem do uso irregular do sistema para tentar evitar serem demitidos.