Política

Ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro é alvo de operação da PF; saiba motivo

Valter Campanato / Agência Brasil
Pré-candidato à prefeitura do Rio e ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem é investigado pela polícia por monitoramento ilegal  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 25/01/2024, às 08h32 - Atualizado às 08h44


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Uma operação da Polícia Federal (PF) atingiu um apoiador de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Trata-se do ex-diretor da Abin e atual pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL). Além de Ramagem, mais sete policiais federais e três servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão sendo investigados. A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (25).

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Todos os alvos estão sendo investigados por causa de um suposto monitoramento ilegal realizado durante a gestão de Bolsonaro (PL). Ao todo, a operação conta com 21 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares que suspendem de forma imediata todos os servidores envolvidos. A operação atingiu as cidades de Brasília, Juiz de Fora, São João Del Rei e Rio de Janeiro. De acordo com a PF, essaa operação é uma continuação da Operação Última Milha, de outubro de 2023.

Todos os investigados nessa operação podem ser responsabilizados pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio. Além disso, também podem ser acusados de organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informática ou telemáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei.

Motivo

Em março de 2024, a Abin teria utilizado o programa secreto chamado FirstMile para monitorar alvos previamente definidos por meio de dispositivos celulares. O programa conseguia rastrear os passos de até 10 mil pessoas por ano sem autorização judicial. Para isso, bastava digitar um número de telefone no sistema do programa.

Desde então, a investigação da PF identificou o uso da ferramenta para monitorar políticos, jornalistas, advogados e opositores do ex-presidente Bolsonaro. Operada sem nenhum tipo de controle da Abin, o programa produzia informações com fins políticos e midiáticos. Tudo isso buscando benefícios pessoais e interferindo em investigações da Polícia Federal.

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