Política
Publicado em 02/11/2022, às 08h47 Cadastrado por VD
O centrão é um dos temas mais polêmicos quando o assunto é governabilidade no Brasil. Atualmente, a ala, liderada pelo Progressistas, apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado na tentativa de reeleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Presidente da Câmara dos Deputados e líder do Centrão, Arthur Lira (PP) definiu condições para deixar o bolsonarismo de lado e dar base de sustentação para Lula a partir de 2023.
Eleito com a ajuda do governo Jair Bolsonaro e um dos principais aliados do atual presidente, Lira foi uma das primeiras autoridade a reconhecer a vitória de Lula no domingo (30), logo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) declarar que o resultado estava matematicamente definido.
#JPEleições | Arthur Lira (PP) discursa após eleição de Lula (PT): "A vontade da maioria nas urnas jamais deve ser contestada. Seguiremos na construção de um país soberano, justo e com menos desigualdades"
— Jovem Pan News (@JovemPanNews) October 30, 2022
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Lira afirmou que a vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada" e falou sobre estender as mãos aos adversários.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, após ouvir membros do centro e direita, Lira avalia que uma aliança com Lula seria benéfica para ambos os lados. Isso isolaria o bolsonarismo radical dentro do Congresso.
O raciocínio geral feito por congressistas é que mesmo a aliança da pequena base da esquerda (cerca de 120 dos 513 deputados) com partidos de centro hoje independentes, como PSD, MDB e União Brasil, deixaria Lula com menos da metade da Casa, sem descontar prováveis rompimentos.
Essa sustentação precária não permitiria, por exemplo, aprovação de emendas à Constituição —que exige ao menos 308 das 513 cadeiras.
Nesse cenário, integrantes do centrão afirmam ser um grave erro político Lula empurrar de vez para o lado do bolsonarismo radical o grupo comandado por Lira. O deputado reuniu em torno de si, nos últimos anos, um forte arco de alianças.
O centrão (PL, PP, Republicanos e outras siglas nanicas) terá na próxima legislatura cerca de 200 parlamentares, sendo que os bolsonaristas radicais dentro desse grupo, em especial no PL, não passariam de 50. Ou seja, a margem de manobra pró-Lula seria bem expressiva.
A condição para que todos esses cenários possam ocorrer é que Lula não se oponha ou não atrapalhe a tentativa de Lira em se reeleger à presidência da Câmara. Um fator dificultador para esse acordo é Renan Calheiros (MDB), adversário de Lira em Alagoas.
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