Política

Anielle Franco entrega lista de profissionais negras para Tebet depois de fala polêmica da emedebista

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Na lista constam mulheres com experiência nas áreas de orçamento e gestão, que foram reunidas a partir do movimento Elas no Orçamento  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 05/01/2023, às 22h04   Cadastrada por Letícia Rastelly


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Depois que a ministra Simone Tebet disse, em conversa com jornalistas, que teria interesse em ter uma equipe mais diversa, mas que estava com dificuldades em encontrar mulheres negras, a também ministra Anielle Franco resolveu a ajudar a colega, lhe enviando uma lista de profissionais pretas e pardas.

No banco curricular constam mulheres com experiência nas áreas de orçamento e gestão, que foram reunidas a partir do movimento Elas no Orçamento que, desde o ano passado, reúne currículos de mulheres de todo o país com atuação e especialização nesses setores.

A fala da emedebista também motivou uma nova estratégia que pode ser usada por todos os ministérios de Lula. Anielle decidiu criar um banco com currículos de pessoas pretas que possa ser consultado por gestores para a ocupação de vagas.

“Eu já apresentei para ela [Simone Tebet] algumas ideias e a gente vai falar mais adiante. Eu não posso falar ainda, mas uma delas, por exemplo, que foi ideia do nosso ministério, é a gente ter, inclusive, um banco de currículos, público mesmo, em ligação com ministérios transversais, para que a gente possa vir a preencher todas essas vagas“, disse a ministra da igualdade racial.

À época de sua fala, Simone Tebet disse que a dificuldade em achar mulheres pretas estaria no salário oferecido pelo ministério, que segundo a emedebista não é bom o suficiente para encorajar essas profissionais que sustentam financeiramente seus lares e, consequentemente, torna-se mais difícil de tirá-las de suas cidades para irem morar em Brasília.

“Acho que a gente tem que prezar acima de tudo pela diversidade. Estou indo para uma pasta que hoje ainda é extremamente masculina. Quero não só ter mulheres, mas mulheres pretas. E a gente sabe, lamentavelmente, que mulheres pretas normalmente são arrimo de família. Trazer de fora de Brasília é muito difícil“, disse Tebet.

Classificação Indicativa: Livre

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