Política
Publicado em 07/12/2021, às 11h35 Redação BNews
O presidente e fundador da SaferNet, organização que monitora crimes e violações dos direitos humanos na internet, Thiago Tavares, informou à empresa que decidiu se mudar para Alemanha por conta de ameaças e sequestro relâmpago de um funcionário.
De acordo com a coluna Sonar, do jornal O Globo, ele informou na última segunda-feira (6) que chegou a Berlim no último sábado (4). Tavares afirma que o "auto-exílio" é uma medida extrema e inédita desde a fundação da SaferNet, em 2005.
Ele explicou que a providência é tomada quando a segurança pessoal de qualquer funcionário, colaborador ou diretor da organização é colocada em risco.
Também segundo a coluna, em carta distribuída aos funcionários e colaboradores, Tavares conta que as intimidações tiveram início após um seminário internacional realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 26 de outubro.
Durante o evento, ele participou da mesa "Como se estruturam as campanhas de ódio e desinformação", assunto do qual é especialista. Tavares conta que, a partir de então, passou a receber ameaças - inclusive de morte - no âmbito digital.
A sensação de insegurança escalou quando outro funcionário da SaferNet sofreu um sequestro relâmpago em Salvador, por quatro criminosos armados, que roubaram seu celular e laptop funcionais.
Tavares afirma na carta que estava a apenas 800 metros do local onde aconteceu a abordagem. A SaferNet, por sua vez, diz que coletou evidências no último dia 2 de dezembro, de uma invasão ao MacBook Pro de Tavares pelo malware Pegasus.
A ferramenta de espionagem costuma ser usada para perseguir jornalistas e defensores de direitos humanos em diversos países.
O fundador da SaferNet diz que permanecerá fora do país "até que as circunstâncias dos fatos sejam totalmente esclarecidas e sejam restabelecidas as condições de segurança pessoal" para o desempenho de suas atividades profissionais e acadêmicas.
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