Átila do Congo solta o verbo e cobra Jerônimo Rodrigues: "Vá cuidar do VLT do subúrbio primeiro"

O vereador Átila do Congo (Patriota) soltou o verbo contra o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Salvador (CMS), nesta segunda-feira (22). O edil cobrou do gestor agilidade em relação à obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sistema que deveria ficar no lugar dos trens do subúrbio, desativados em fevereiro 2021.

O consórcio chinês responsável pelo projeto diz que o cronograma está sendo rediscutido com o Governo do Estado. Enquanto isso, moradores da região, que gastavam R$ 0,50 pelo serviço nos trens, sentem falta de uma alternativa mais barata de transporte público, já que a passagem do ônibus custa R$ 4,90, um custo que representa 880% a mais em cada passagem no bolso do consumidor.

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Não dá mais para o Governo do Estado ficar enrolando a questão da obra do VLT do subúrbio. O prejuízo socioeconômico à população é gigantesco. E não é prejuízo para quem tem dinheiro e que é autossuficiente, que pode se manter. É prejuízo para o pobre, favelado, na sua grande maioria negro, que só tinha aquela única forma se sustentar, [que é através] da pesca. Pescando em Periperi, pescando em Plataforma. Indo para o Largo da Calçada, indo para a Feira de São Joaquim, como eu cresci pegando aquele trem, indo para a Feira de São Joaquim com o meu pai. Toda uma população está prejudicada”, pontuou o vereador.  

Átila disse que, ao invés de pensar na Ponte Salvador-Itaparica, Jerônimo deveria cuidar do VLT. “Governador Jerônimo, amigo querido, homem que eu tenho grande admiração – o senhor sabe disso –, mas tenho que lhe cobrar, estão pensando em Ponte Salvador-Itaparica. Vá cuidar do VLT do Subúrbio primeiro”, aconselhou.

Porque ali já existia o trem a cinquenta centavos que salvava a vida das pessoas. Botava comida na mesa do pobre, do preto e favelado. Não tem que pensar em Ponte Salvador-Itaparica, tem que pensar no trem, no VLT do subúrbio primeiro, governador. Estão lhe orientando errado. Vamos cuidar da nossa gente, da sua gente, Jerônimo. [...] Essas pessoas estão prejudicadas, todos esses anos. E o Governo do Estado, o governo de Jerônimo, o partido dos trabalhadores, que representa os trabalhadores, tem o dever moral e não deveria nem permitir que isso acontecesse”, completou.