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BOLSONARO: Cobertura vacinal está em risco para 2023; entenda os riscos

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Ministério da Saúde não apresentou planejamento da cobertura vacinal para 2023  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César/BNews

Publicado em 20/12/2022, às 07h07   Cadastrado por Vinícius Dias


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O Ministério da Saúde do govenro do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), não apresentou planejamento para a produção ou compra de vacinas para impulsionar a imunização em 2023 e a cobertura vacinal seguirá em queda histórica que iniciou em 2016.

O Instituto Butantan informou que não tem nenhum contrato assinado com a pasta para aquisição de vacinas ao PNI (Programa Nacional de Imunização) em 2023 —isso inclui doses de imunizantes contra tuberculose e poliomielite, por exemplo.

Ao colunista Carlos Madeiro, do UOL, o diretor executivo da Fundação Butanta, Dimas Covas, afirmou que o Ministério da Saúde enviou uma proposta para compra de 80 milhões de vacinas da gripe no dia 13 de dezembro. Ele alega que o acordo já deveria estar fechado em novembro, no mínimo.

No caso da CoronaVac, Dimas diz que o Butantan parou a produção há quatro meses, após o governo fazer a última compra de doses.

"Temos aqui ainda 2,5 milhões de doses, ao mesmo tempo que temos ouvido vários estados com a segunda dose [para o público infantil] atrasada. Não houve manifestação sobre aquisição, e aguardamos o próximo governo definir sobre a CoronaVac."

O Butantan repetiu o planejamento da produção de vacinas no mesmo quantitativo de 2022 (veja aqui o calendário básico de vacinação). São produzidas pelo Butantan vacinas contra seis doenças.

O número de doses é suficiente apenas para manter os atuais patamares, que não chegam a 80% da cobertura vacinal. Dimas afirma que é preciso planejamento, pois a produção demanda tempo. "Não se aumenta da noite para o dia."

Pelo terceiro ano seguido, o Brasil voltou a registrar em 2021 queda nas coberturas vacinais do calendário básico de imunização —que compreende as vacinas do PNI (Plano Nacional de Imunizações). Apenas 68% das crianças que deveriam ser atendidas foram vacinadas.

A queda na cobertura vacinal começou em 2016 —desde então, houve apenas uma pequena recuperação em 2018. Em 2020, o país já tinha atingido patamares similares aos de 1980. No ano passado, para piorar, houve uma nova redução, de 12%.

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