Bolsonaro diz em depoimento na sede da PF que não sabia sobre inserção de dados falsos no ConecteSUS

Jair Bolsonaro prestou depoimento na sede da Polícia Federal em Brasília, na tarde desta terça-feira (16). O ex-presidente respondeu a 60 perguntas sobre fraudes nos cartões de vacinação dele, de sua filha Laura, de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e de pessoas próximas.

Bolsonaro chegou na sede da PF por volta das 13h30 e começou a depor meia hora depois. Ele respondeu a 60 perguntas e saiu sem falar com a imprensa. Seus advogados também ignoraram os jornalistas.

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O ex-presidente foi ouvido no inquérito que investiga um suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação. No depoimento, ele disse que nunca determinou e nem soube da inserção de dados falsos no ConecteSUS, e que nem teria razão de fazer isso. As informações são do portal g1.

Sobre a falsificação da carteira de vacinação de sua filha Laura, Bolsonaro disse que ela tinha 12 anos quando viajou aos EUA e apresentou uma declaração como não vacinada. Disse ainda que ela tinha laudo médico que permitia a ela não tomar a vacina.

Operação

No dia 3 de maio, o celular de Bolsonaro foi apreendidon pela PF durante uma busca na tentativa de encontrar provas de envolvimento dele no esquema.

Mesmo negando que se vacinou e dizendo que não houve alteração nos dados do cartão dele e de Laura, o ex-presidente se negou a depor à Polícia Federal no dia da operação e foi ouvido nesta terça-feira.

Neste mesmo dia, a PF prendeu seis pessoas, entre elas o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro durante o mandato dele como presidente da República. As investigações apontam que ele fazia parte do grupo ligado a Bolsonaro que inseriu informações falsas no ConecteSUS para emitir certificados de vacinação cotnra a Covid-19.

Além dos cartões de Jair e Laura, foram emitidos certificados com dados falsos em nome de Cid, sua esposa e das três filhas do casal.

Segundo a Polícia Federal,  os dados de vacinação do ex-presidente foram incluídos no sistema do Ministério da Saúde em Duque de Caxias, mesma cidade onde Cid teria conseguido o cartão de vacinação da esposa.