Política

Carnaval 2024: Ângela Guimarães cobra mais igualdade aos blocos afros na folia momesca; assista

Sérgio Pedreira / BNews
Fala da secretária aconteceu exclusivamente ao BNews durante o Carnaval de Salvador de 2024  |   Bnews - Divulgação Sérgio Pedreira / BNews
Tácio Caldas e Daniela Pereira

por Tácio Caldas e Daniela Pereira

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Publicado em 09/02/2024, às 16h49 - Atualizado às 16h50



A secretária titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi), Ângela Guimarães, abriu o jogo e cobrou do trade turístico e da inciativa privada por mais iniciativas junto aos blocos afro. Ao ser questionada sobre as ações da Sepromi para o ano de 2024, a titular da pasta revelou que continuará questionando “a estrutura racista do carnaval”. A fala da secretária aconteceu na tarde dessa sexta-feira (9), durante o segundo dia da folia momesca na capital baiana.

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As discussões que deram origem aos blocos afro, questionar a estrutura racista do carnaval. Então quando a gente falar isso, a gente está dizendo que no carnaval geram-se 6,6 bilhões de recursos e que há um investimento muito importante nas marcas. Há uma lucratividade grande da rede de hospedagem, de transporte terrestre, aéreo, aquático e todo um trade que se movimenta e que lucra muito, mas que não está ainda disposto a dividir essa lucratividade patrocinando os blocos afro”, disse a secretária.

Para Ângela Guimarães, é preciso que todos os envolvidos com o Carnaval de Salvador estejam ativos e entendam que “que combater o racismo precisa ser uma atitude diária”. “Está na hora também da iniciativa privada entender que combater o racismo precisa ser uma atitude diária, e o investimento da iniciativa privada também ajuda a fazer o carnaval bonito, considerando a riqueza, a beleza, a pluralidade e o conteúdo que os blocos afro agregam ao Carnaval da Bahia”, pontuou Guimarães.

Homenagens aos blocos afro

Ao ser questionada sobre as homenagens recebidas pelos blocos afro pelos 50 anos do Ilê Aiyê e 45 anos do Olodum, a secretária fez uma avaliação sobre o crescimento da participação dos blocos no Carnaval de Salvador. De acordo com ela, as pessoas estão tendo a oportunidade de conhecer os blocos afro.

É ocupar um espaço que sempre foi de direito dos blocos afros, porque eles têm uma trajetória, uma história, uma contribuição muito largas, a afirmação da cultura baiana a partir das referências africanas e afro-brasileiras. Então, está sendo uma oportunidade para o grande público poder conhecer tanto o trabalho continuado ao longo do ano que esses blocos fazem, quanto também a origem das cores que eles utilizam, a origem das músicas, as suas referências civilizatórias, históricas, políticas, sociais e culturais. Então, é poder oferecer a Bahia no contexto de centralidade por seu tema do carnaval, toda a riqueza do trabalho realizado pelos blocos afro nas últimas cinco décadas”, comentou Ângela Guimarães.

Assista à Transmissão do Carnaval de Salvador dessa sexta-feira (9):

Classificação Indicativa: Livre

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