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Caso Binho Galinha: Conselho de Ética não deve fazer papel do Judiciário, dizem deputados

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Colegiado deve ser instalado na segunda (15)  |   Bnews - Divulgação BNews
Cíntia Kelly

por Cíntia Kelly

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Publicado em 10/04/2024, às 21h37


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A instalação do Conselho de Ética na Assembleia Legislativa da Bahia será na segunda (15), mas não deve haver deliberações em relação ao deputado Binho Galinha (PRD), alvo da Polícia Federal por supostamente liderar esquema criminoso envolvendo com milícia, receptação de carga roubada, agiotagem e extorsão.

Ouvidos pelo BNews, deputados pediram sigilo ao falar sobre o caso. Todos foram unânimes sobre o desfecho do ‘caso Binho Galinha’ no Conselho. Nada será feito que retire do deputado o mandato conferido por quase 50 mil eleitores.

Um dos deputados disse que a suspensão do mandato de Binho seria a medida plausível, mas dificilmente será adotada pelo colegiado. “A Assembleia não investiga nada. Essa papel é da Polícia. Claro que seria bom que Binho Galinha fosse afastado das atividades até que as investigações fossem concluídas. Seria o ideal até para preservar a imagem do Legislativo, mas essa medida dificilmente será tomada”, afirmou um deputado.

Outro parlamentar acredita que ainda há pontos na investigação que precisam ser aprofundados. para ele, inclusive, esse deve ser o motivo de o Tribunal de Justiça não ter pedido autorização da ALBA para prender Binho Galinha.

Caso o TJBa pedisse a autorização para prender Binho, a tramitação passaria pelo Conselho de Ética, que aprovaria relatório sobre o caso e o submeteria ao plenário da Casa.

Mulher presa

Em dezembro de 2023, Binho foi um dos alvo da operação El Patron. Na ocasião, foram expedidos dez mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão, além do bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, bem como a suspensão de atividades econômicas de seis empresas, em cumprimento à decisão do Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana (BA).

Anteontem, um desdobramento da operação a esposa de Binho, Mayana Cerqueira, foi presa por supostamente integrar a quadrilha.

Deputado se defende

Em nota enviada à imprensa, Binho Galinha negou ter cometido os crimes e afirmou colaborar com a Justiça no processo.

Confira texto na íntegra abaixo:

“O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) se manifesta para afirmar que está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na operação denominada de “El Patron”, deflagrada pela Polícia Federal.

Binho Galinha ressalta, ainda, que tem acompanhado os desdobramentos das investigações com tranquilidade e colaborado com o Poder Judiciário.

Nesta terça-feira, durante mais uma fase da operação, o deputado Binho Galinha volta a afirmar que jamais praticou os crimes que estão sendo lhe atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça”. 

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