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CÍNTIA KELLY: Operação da PF que mira Bolsonaro deixa Bruno Reis entre a cruz e a espada

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E mais: Alexandre Aleluia esqueceu de defender o ex-presidente  |   Bnews - Divulgação BNews
Cíntia Kelly

por Cíntia Kelly

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Publicado em 09/02/2024, às 07h00


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Operação da PF que mira Bolsonaro, deixa Bruno Reis entre a cruz e a espada

Bruno Reis está entre a cruz e a caldeirinha. Na busca por aliados, o prefeito corre o risco de sair chamuscado caso insista em ter ao seu lado o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto. Ambos investigados por ter tramado uma tentativa de golpe por causa da derrota em 2022.

Ontem, a PF atirou no que viu e acertou o que não viu, e Valdemar foi preso por porte ilegal de armas. Informações que circulam por Brasília dão conta de que a prisão de Bolsonaro é questão de tempo. Assessores próximos do ex-presidente foram presos.

A tentativa de atrair João Roma e ampliar o arco de partidos o apoiando pode ser o maior erro de Bruno e, por ora, o maior entrave a sua recondução ao Palácio Thomé de Souza.

Geraldo quer que esqueçam que ele votou em Bolsonaro 

Nem precisa ser expert em política para saber que o PT e Geraldo Júnior, pré-candidato do grupo do governador Jerônimo Rodrigues a prefeito de Salvador, vão usar essa possível ligação entre Bolsonaro e Bruno. Embora, Geraldo tenha votado no 'mito' em 2018, ele é adepto do lema: esqueçam  em que votei no verão passado. 

Condescendente

Políticos de alta patente já avisaram ao prefeito sobre o risco de juntar-se ao bolsonarismo. Eles lembram, inclusive, que Bruno nunca, em tempo algum, rechaçou Bolsonaro com veemência. Sempre teve um olhar condescendente sobre o ex-presidente.

Só a título de ilustração, em 2022, Bolsonaro teve 451.131 votos em Salvador. Lula, 1.089.899.

Perseguição política 

O presidente estadual do PL, João Roma, que foi ministro da Cidadania de Bolsonaro, e que já teve conversas com Bruno, defendeu o ex-chefe. Disse que a operação da PF é uma tentativa de a oposição ao bolsonarisno destruir o adversário. E usou o argumento da perseguição política.

Alexandre Aleluia esqueceu(?) de defender Bolsonaro

Ele homenageou o deputado federal Eduardo Bolsonaro na Câmara Municipal de Salvador. Foi um aguerrido defensor de Jair Bolsonaro. No entanto, após a operação da Polícia Federal, que deu uma incerta em endereços do ex-presidente, o vereador Alexandre Aleluia não escreveu uma linha sequer em favor do ‘mito’ ou de repúdio ao Supremo Tribunal Federal, que autorizou a investigação. Quem foi naninha, diriam os mais antigos.

Bolsonaristas ou oportunistas?

Aliás, o deputado Leandro de Jesus não apenas defendeu Bolsonaro como instou os ‘patriotas’ a verem quem de fato segue o bolsonarismo e quem são os oportunistas. Para quem foi o petardo?

O eterno uso político da facada

Ainda na esteira das defesas ao ex-presidente, o deputado federal Capitão Alden usou a frase “A nossa liberdade vale mais do que a nossa própria vida” ilustrando uma foto do capitãoreformado sem camisa, deixando a mostra a cicatriz ocasionada pela facada que levou durante a campanha de 2018.

Cada mergulho (inscrição), um flash

O ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) foi o único postulante a conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a fotografar e postar o momento em que se inscreveu na Assembleia Legislativa da Bahia para disputar o cargo. Além dele, Paulo Rangel (PT) e Fabrício Falcão (PCdoB), ambos da base governista, também sonham com a vaga.

O trio deve ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até o final do mês. Na sequência, os nome serão submetidos a votação secreta. Para se eleito serão necessários 32 votos, no mínimo.

Átila no comando do Partido da Mulher. Pense no absurdo...

Causou espanto a informação de que o vereador Átila do Congo deve assumir a presidência do Partido da Mulher Brasileira (PMB). Ele é o mesmo parlamentar que meses atrás usou a tribuna da Câmara Municipal de Salvador para ameaçar a jornalista Jessica Senra, após a profissional sugerir que mulheres não deveriam utilizar de carro por aplicativo sozinhas, já que havia clientes denunciaram estupro e ameaças por parte de motoristas.

Átila, que é presidente do Sindicato de Motoristas por Aplicativos, disse, em tom de ameaça, para Jessica pensar “duas vezes no que você vai falar”.

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