Política

Com recursos suficientes, Bolsonaro recusa vaquinha para custear ato em seu apoio

Marcelo Camargo /  Agência Brasil
O ato em seu apoio está marcado para acontecer no próximo dia 25, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP)  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil

Publicado em 16/02/2024, às 11h57   Cadastrado por Bruno Guena


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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou a parlamentares que o ato em seu apoio já possui recursos suficientes e solicitou que aliados não colaborem com supostas "vaquinhas" para custear o evento. O movimento está marcado para acontecer no próximo dia 25, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

O ex-chefe do Executivo enviou a mensagem a apoiadores nesta quinta-feira (15). "Comunicado que o evento de 25/fevereiro tem uma coordenação. NÃO PRECISAMOS DE RECURSOS. Quem porventura esteja pedindo dinheiro (vaquinha) para o evento, não conta com nosso apoio. NÃO CONTRIBUA", escreveu o ex-presidente.

A atual solicitação vai em linha contrária da analisada durante um ato em 2023, quando aliados do ex-presidente criaram uma vaquinha para quitar multas de Bolsonaro com a Justiça.

Na oportunidade, o relatório do Coaf (órgão federal de inteligência financeira) revelou o recebimento de 769 mil transações via Pix por Bolsonaro nos seis primeiros meses de 2023, totalizando R$ 17,2 milhões.

Bolsonaro gravou um vídeo, na última segunda (12), convocando aliados para o protesto deste mês, durante as investigações da Polícia Federal que indicam a atuação do ex-presidente em frentes de golpe de Estado para se manter no poder.

O ato será custeado pela Associação Vitória em Cristo, entidade inaugurada pelo pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro. Segundo o líder religioso, o estatuto da organização permite manifestações públicas.

"Os recursos são exclusivos da associação, não tem recurso de políticos, não tem recurso de caixa 2 ou de sei lá de onde quer que seja. Estamos amparados legalmente para fazer esse tipo de manifestação", disse.

Segundo Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, por ordem de Malafaia e do ex-chefe do Executivo, apenas um trio elétrico estará na Avenida Paulista, alugado pela organização. "Não tem nenhum recurso público", completou.

Caixas de som e telões poderão ser instaladas na via para aumentar o alcance dos discursos, caso necessário. Elas também seriam custeadas com recursos da entidade, de acordo com relatos.

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