Política

Como votaram os senadores baianos na PEC do Bolsa Família?

Roque de Sá, Jefferson Rudy e Marcos Oliviera/Agência Senado
Senado Federal votou a PEC do Bolsa Família na última terça-feira (7)  |   Bnews - Divulgação Roque de Sá, Jefferson Rudy e Marcos Oliviera/Agência Senado

Publicado em 08/12/2022, às 07h34   Vinícius Dias


FacebookTwitterWhatsApp

Depois de muitas negociações, começaram as votações da PEC do Bolsa Família, em que o governo de transição do governo do eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para, entre outras medidas, retirar o atual Auxílio Brasil do teto de gastos e bancar o pagamento de R$600 prometidos durante a campanha eleitoral.

O Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional na última terça-feira (7) pelo placar de 64 votos favoráveis contra 16 negativos. A PEC amplia o o teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos. O Bolsa Família, por sua vez, além de pagar os R$ 600, também tem um adicional de R$150 por cada criança abaixo de seis anos.

A aprovação aconteceu em dois turnos: 64 votos a 16 no primeiro; e, no segundo, 64 a 13. Eram necessários ao menos 49 votos para que a proposta fosse aprovada.

A Bahia tem 3 senadores na casa - todos continuarão em mandato por pelo menos mais quatro anos, casos de Jaques Wagner (PT) e Ângelo Coronel (PSD), eleitos em 2018. Otto Alencar (PSD), reeleito, cumpre o final de seu mandato conquistado em 2014 e continua na casa até 2030.

A expectativa da bancada de Lula era ter um número mais reduzido de votos, com cerca de 55 a favor. Com 9 mais a mais do que o esperado, houve comemoração. A vitória ainda não está garantida e o texto também precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados.

Os três senadores baianos votaram a favor da proposição. Candidatas à presidência no último pleito, Soraya Thronicke (União Brasil) e Simone Tebet (MDB) foram outras que votaram sim à PEC.

"Aprovamos na Comissão a PEC da Transição. São R$145 bilhões, mais R$23 bilhões para investimentos para atender o Bolsa Família para atacar, no ano que vem, essa questão que dói muito no coraçãosobretudo em nós que representamos a Bahia, que é a questão da fome, da insegurança alimentar. Colocar os R$600 todos os meses para todos que precisam desse recurso. Estamos fazendo nossa obrigação", afirmou Otto Alencar.

Candidatos bolsonaristas que tentaram o Senado votaram contra. É o caso de Marcos Rogério (PL), provável candidato na próxima eleição à presidência da casa, o tetracampeão mundial de futebol Romário (PL) e o filho do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), Flávio Bolsonaro (PL).

Jaques Wagner classificou a votação como uma grande vitória e aponta que o governo eleito precisa trabalhar para antecipar o envio do novo pacote fiscal antes de pontuar que a manobra é quem vai garantir a estabilidade necessária para a economia brasileira.

"Queremos aprovar um arcabouço fiscal definitivo, para governarmos com credibilidade, previsibilidade, responsabilidade social e a total confiança do mercado. Com isso, será possível reduzirmos a carência que afeta hoje a população e garantirmos um futuro digno ao povo brasileiro", publicou Wagner em sua conta no Instagram.

Ângelo Coronel afirmou que responsabilidade fiscal e social podem e devem andar juntas para garantir desenvolvimento. A votação também estabeleceu o prazo de Agosto de 2023 para o Governo apresentar uma nova âncora fiscal.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp