Coronavírus

Ciro Gomes ataca Bolsonaro por 400 mil comprimidos de cloroquina encalhados e suposta compra superfaturada

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A aquisição tem sido investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Instagram @cirogomes

Publicado em 23/11/2020, às 19h51   Redação BNews


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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez duras críticas, nesta segunda-feira (23) em suas redes sociais, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele reclamou que, mesmo sem eficácia comprovada, o mandatário do Palácio do Planalto comprou toneladas de cloroquina com preço acima do valor real e mais de 400 mil comprimidos estão parados no Exército por falta de demanda dos estados.

“Mesmo sem comprovação científica, Bolsonaro mandou comprar toneladas de cloroquina com preço SEIS VEZES maior que o valor real, que está investigado no Tribunal de Contas da União. Agora, 400 mil comprimidos de cloroquina estão encalhados no estoque do exército”, escreveu Ciro.

Os milhares de comprimidos de cloroquina estão guardados no Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX). De acordo com a CNN Brasil, a maior parte dos medicamentos foi produzida entre 2015 e 2017, quando o remédio era fabricado para o tratamento da malária.

Em 2020, Bolsonaro mandou que o Exército produzisse cerca de 3,2 milhões de comprimidos para combater a Covid-19, sem qualquer estudo que comprovasse a eficácia do medicamento. O risco do encalhe foi alertado em maio por técnicos do governo, quando o Centro de Operações de Emergência (COE) avisou que "alguns estados não quiseram receber a cloroquina e, com isso, ficou em estoque para devolução 1.456.616 comprimidos".

Além disso, a diferença extrema no preço para a compra da cloroquina foi contestada internamente no próprio Exército. A área jurídica do laboratório que fabrica o medicamento contestou o fato de os insumos para fabricação terem ficado 167% mais caros. Eles foram adquiridos de uma empresa mineira que os importou da Índia.

Como não houve retorno sobre os questionamentos até agora, a compra tem sido investigada por suposto superfaturamento no Tribunal de Contas da União (TCU).

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